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Uma Possível Ciência da Religião

 

Como pode alguém acessar a suprema verdade? Como pode alguém conhecer aquele supremo mistério que está tão perto e ainda assim permanece desconhecido, que está para sempre conosco e ainda assim está perdido? Como nós podemos alcançá-lo, como alguém já o alcançou? Nestes sutras está a explicação de tal ciência, o processo de tal caminho.

Primeiro vamos entender algumas coisas a respeito de Ilusão. Ilusão significa ver alguma coisa de uma maneira como ela não é. Verdade significa ver alguma coisa da maneira como ela é. Qualquer coisa que nós vemos é ilusão, porque nós envolvemos a nós mesmos em nosso ver, a nossa experiência não permanece objetiva, ela se torna subjetiva. O que quer que esteja do lado de fora, não nos alcança como é. Nossa mente distorce aquilo, embeleza aquilo, ornamenta, recorta – torna-o maior ou menor, modifica-o de muitas, muitas maneiras.

A maior modificação e a mais profunda ilusão é que associamos nós mesmos com tudo, e na verdade nós não estamos associados com nada, absolutamente. Tão logo nós nos associamos, a realidade é perdida e a projeção do sonho começa parecer verdade. Por exemplo, nós chamamos uma coisa de “minha” – “minha casa”... a casa que estava ali quando nós não estávamos e que ainda estará ali quando nós não estivermos mais. Alguma coisa que pode estar antes que eu esteja, que pode ser antes que eu seja, e que continuará depois que eu não estiver mais, que não desaparecerá com o meu desaparecimento – como pode aquilo ser “meu”? (...)

Em qualquer lugar que o homem põe o seu pé, ele rotula aquilo com o seu “Eu”. A natureza não aceita o seu rótulo, mas os outros seres humanos aceitam, senão haveria confrontação. Os outros têm que aceitar os rótulos porque eles também querem colocar os seus próprios rótulos nas coisas. Assim a casa se torna propriedade de alguém e o pedaço de terra se torna de outro alguém. Por que nós somos tão impacientemente ansiosos para cravar esse rótulo do “Eu” em algum lugar? A ansiedade é porque quanto mais lugares e coisas nas quais nós cravamos esse rótulo, ou colocamos as nossas assinaturas, maior se torna o círculo do “meu” e mais se desenvolve dentro de nós o “Eu”. (...)

Em qualquer lugar que o homem vai, ele chega lá com o seu “meu”. Tente compreender as implicações disso. O “Eu” na verdade se torna maior através do “meu”, mas quanto maior for a extensão do “meu”, maior será a infelicidade. O aumento no “Eu” é o aumento da infelicidade, porque o “Eu” é uma ferida. E quanto maior for o “Eu”, maior será a área vulnerável à dor, assim aquela dor crescente vai trazer mais sofrimento. É como se alguém tivesse uma grande ferida no corpo que tende a doer a qualquer momento e então qualquer movimento que a pessoa faz ela provoca dor. A ferida é grande, a área é grande, e qualquer pequeno toque se torna uma dor. Quanto maior for o “Eu”, maior será o sofrimento, maior será a dor.

Com a expansão do “meu” o “Eu” se expande. Na medida que o “Eu” cresce, a dor também cresce. Por um lado a pessoa sente que a felicidade está crescendo, e por outro lado a infelicidade também está crescendo. Quanto mais nós aumentamos essa felicidade, mais a infelicidade segue crescendo – e entre as duas uma ilusão é carregada. Ali onde não há possibilidade de dizer “meu”, ali também nós continuamos a dizer “meu”, falsamente, sem qualquer significado. Esta mão que você chama de “minha”, este corpo que você chama de “meu”, também não são seus. Quando você não estava aqui, mesmo então os ossos, a pele, o sangue de sua mão existiam em algum lugar, e eles continuarão a existir mesmo depois de você. (...)

A vida não aceita reivindicação de ninguém quanto a isso e segue fluindo a cada momento. Mas nós continuamos reivindicando. Essa ilusão de reivindicação é a mais profunda ilusão do homem.

Assim, sempre que uma pessoa diz “meu” ela está caindo na ignorância. Este sutra é para quebrar exatamente essa ilusão. Não apenas a terra não é minha, a casa não é minha, o dinheiro não é meu, mesmo o corpo não é meu. O seu corpo é composto pelos átomos de seus pais. Aqueles átomos existiam antes que você e eles chegaram até você através de uma longa jornada. Antes de seus pais, eles estiveram nos corpos dos pais deles. Esses átomos têm uma jornada de milhões de anos e agora eles constituem o seu corpo. Tal corpo também é um campo, uma terra na qual você está enraizado, mas você não é ele. Você não é o corpo, você é separado dele.

Este sutra diz que um homem não é apenas o corpo, ele vai mais profundo e diz que o homem não é nem mesmo a mente, porque a mente também é um amontoado de várias coisas.

Você tem um simples pensamento que possa ser seu, o qual você pode dizer que é seu? Não há nenhum. Alguns vieram da tradição, alguns vieram das escrituras, alguns vieram de ouvir alguém, alguns vieram de suas leituras – eles vieram de uma ou outra fonte externa. Se você pesquisar o mapa-natal de cada um de seus simples pensamentos, e você olhar para a jornada de cada pensamento, você descobrirá que não tem um único pensamento como sendo seu próprio, todos eles são emprestados, eles chegaram a você de algum lugar.

Nenhum pensamento é original, todos os pensamentos são emprestados. Mas nós reivindicamos até mesmo um pensamento como sendo “meu”.

Lembre-se de que mesmo uma respiração não pode ser chamada de “minha”; pensamento é uma questão muito mais sutil. Indo cada vez mais fundo nessa análise, onde nós chegaremos? Onde os Upanishades chegaram? Onde Buda chegou? Onde Mahavira chegou? Continuando essa análise, usando a negação: Eu não sou isso, eu não sou aquilo, quando no final nada restar a ser negado, quando nada permanecer a respeito do que eu possa mesmo pensar se aquilo é meu ou não... Quando nada ficar para trás para ser cortado, quando todas as relações forem quebradas e nada permanecer que ainda possa ser quebrado, aquilo que ainda assim permanecer é o que os Upanishads chamam sakshi, a testemunha.  

Existe um grande mundo ao meu redor – ele não é meu. Reduzindo, eu chego mais perto – este corpo não é meu. Descendo mais fundo nisso – a mente não é minha. Então quem está ali que eu possa chamar de “Eu”? Ou nada existe em mim que possa ser chamado “Eu”?  Eu sou, ou eu não sou? Cortando fora o “meu” em sua totalidade, qual a coisa mais pura que permanece dentro? Somente uma coisa permanece que não é descartada; não existe maneira alguma para que isso seja descartado. (...) .

  

É disso que os Upanishads estão em busca. Uma após outra, todas as coisas são eliminadas, assim como se remove camada após camada de uma cebola. Se você continuar descascando uma cebola, no final nada restará em suas mãos. Uma cebola nada mais é do que camadas e mais camadas de pele – revestindo e revestindo – e não há nada a ser encontrado se você continuar descascando-  É como se alguém pudesse ter feito uma boneca de pano e nós fossemos removendo suas roupas uma por uma. Ao remover a primeira camada, revela-se a segunda; ao remover a segunda camada a terceira é revelada, e assim por diante, até que todas as camadas tenham sido removidas – e não resta nenhuma boneca mais, apenas nada em suas mãos.

Assim, a maior busca do homem é por descobrir se ele também é nada mais do que um acúmulo de muitas, muitas camadas que nós podemos ir descascando e que no final nada haverá em nossas mãos. Se nós seguirmos negando e dizendo, “eu não sou o corpo”, “eu não sou a mente”, “eu não sou isso”, “eu não sou aquilo”, isso poderá se tornar a história da cebola e no final nada permanecerá do que possa ser dito que “isso sou eu”.

Mas os Upanishads dizem que mesmo se for assim, ainda é necessário conhecer a verdade, mesmo que seja verdadeiro que nada exista dentro, ainda vale a pena conhecer, porque o resultado de se conhecer a verdade é muito significante. Mas buscando profundamente, entretanto, descobre-se no final que o homem não é apenas um acúmulo de roupas, o homem não é apenas camadas sobre camadas sobre camadas. Existe alguma coisa dentro das camadas que é diferente. Mas nós só chegamos a conhecer tal coisa quando, removendo todas as camadas, nós chegamos dentro de nós. Tal elemento que permanece no fim é chamado sakshi pelos Upanishads, a testemunha.

Essa palavra sakshi é muito bela e preciosa. Toda a filosofia, genialidade e sabedoria do Oriente está implícita nessa pequena palavra. O Oriente não contribuiu para o mundo com outra palavra mais importante do que sakshi, a testemunha.

O que significa sakshi? Sakshi significa aquele que vê, a testemunha. Quem é esse que está experienciando que “eu não sou o corpo”? Quem é esse que está experienciando que “eu não sou a mente”? Quem é esse que segue negando que “eu não sou isso, eu não sou aquilo”? Existe um elemento que vê, que observa, o observador dentro de nós que vê, que observa tudo.

Esse que vê é o sakshi, a testemunha. O que é visto é o mundo. Aquele que está vendo é quem eu sou e o que está sendo visto é o mundo. ‘Adhyas’, a ilusão, significa que aquele que está vendo entende mal a si mesmo como se estivesse em tudo que é visto. Essa é a ilusão.

Existe um diamante em minha mão e eu estou vendo ele. Se eu começar a dizer que eu sou o diamante, isso é uma ilusão. Essa ilusão tem que ser quebrada e a pessoa tem que chegar finalmente àquele puro elemento que é sempre o que vê e nunca é visto. Isso é um pouco difícil. Aquele que vê nunca pode ser visto porque ele será visto por quem? Você pode ver tudo no mundo exceto a si mesmo. Como você pode ver a si mesmo? – porque dois serão necessários para se ver, aquele que vê e o outro que é visto.  Nós podemos pegar tudo com um par de pinças, exceto as próprias pinças. Esse esforço irá falhar. Nós podemos achar isso embaraçoso, pois se as pinças pinçam tudo, por que elas não conseguem pinçar elas mesmas?

Nós vemos tudo, mas não somos capazes de ver a nós mesmos. E nós nunca seremos capazes disso. O que quer que possa ver, você sabe que não é você. Portanto, tenha uma coisa como certa, que aquilo que você é capaz de ver não é você. Se você for capaz de ver Deus, então uma coisa se torna certa, que você não é Deus. Se você vê luz dentro de você, uma coisa é conclusiva, que você não é a luz. Se você tem uma experiência de êxtase dentro de si, uma coisa é determinada, que você não é o êxtase. Qualquer coisa que tenha sido experienciada, você não é aquilo. Você é aquele que experiencia.

Assim, qualquer coisa que se torna sua experiência, você está além dela. Por conseqüência, será útil compreender um ponto difícil aqui, que espiritualidade não é uma experiência. Tudo no mundo é uma experiência, mas não espiritualidade. Espiritualidade é alcançar aquele que experiencia tudo, mas que ele próprio nunca se torna uma experiência. Ele sempre permanece sendo o experienciador, a testemunha, aquele que vê.

Eu vejo você: você está de um lado, eu estou do outro lado. Você está lá, aquele que está sendo visto; eu estou aqui, aquele que está vendo. Essas são duas entidades,

Não há maneira alguma de dividir alguém em dois, de modo que uma parte vê e a outra parte é vista. Mesmo se fosse possível dividir, então a parte que estaria vendo sou eu, e a parte que está sendo vista não seria eu. Simples assim.

Esse é todo o processo ou metodologia dos Upanishads: neti, neti – nem isso, nem aquilo. O que quer que possa ser visto, é dito que você não é aquilo. O que quer que possa ser experienciado, é dito que você não é aquilo. Você continua dando passos atrás, até que nada permaneça que possa ser negado ou eliminado. Um momento chega em que todo o cenário é perdido. Um momento chega em que todas as experiências são deixadas de lado – todas!

Lembre-se, todas! A experiência de sexo é certamente abandonada, a experiência de meditação também é abandonada. As experiências do mundo, de amor e de ódio são largadas, as experiências de êxtase e iluminação também são largadas. Somente o puro observador permanece. Nada está ali para ser visto, somente o vazio permanece por toda volta. Somente aquele que vê permanece, e o céu vazio por toda volta. E no meio está aquele que vê, o observador, aquele que vê nada porque tudo que poderia ser visto foi negado e eliminado. Agora ele experiencia nada. Ele removeu todas as experiências de seu caminho. Agora ele permanence só, aquele que estava experienciando.

Quando não há qualquer experiência, não há qualquer ver, nada é visto, não há qualquer objeto para ser visto, e permanece a testemunha só. Torna-se muito difícil de se expressar na linguagem o que realmente acontece porque nós não temos outra palavra a não ser “experiência” em nossa linguagem, por isso nós chamamos isso de “auto-experiência” ou “auto-realização”. A palavra experiência não é certa. Nós dizemos “experiência de consciência” ou “experiência de Brahma, o absoluto”, mas nenhuma dessas expressões são corretas porque a palavra experiência pertence àquele mesmo mundo que nós já tínhamos eliminado. A palavra experiência tem um significado no mundo da dualidade, onde havia “o outro” também. Aqui ela não tem qualquer significado em absoluto. Aqui somente o experienciador permanece, a testemunha permanece.

A busca por essa testemunha é espiritualidade. (...)

Se não houver menção alguma à testemunha, compreenda bem tudo isso nada tem a ver com religião. Tudo mais é secundário. Tudo mais pode ser útil, pode não ser útil, pode haver diferenças de opinião a respeito de tudo mais, mas não no que se refere à testemunha.

Por isso, se algum dia no mundo for criada uma ciência da religião, não haverá qualquer menção a Deus, à alma, a Brahma. Essas são questões localizadas – algumas religiões acreditam neles, outras não – mas o sakshi será mencionado porque ele não é uma questão localizada.

Não pode existir religião alguma sem a testemunha. Assim a testemunha sozinha é a base científica para todas as experiências religiosas – de toda busca e jornada religiosa. E é sobre isso e ao redor desse sakshi que todos os Upanishads giram. Todos os princípios e todos os indicadores são para assinalar a testemunha.

Vamos tentar compreender isso um pouco mais. Não é difícil compreender o significado da palavra testemunha, mas a sua prática real é uma coisa complexa.

Nossa mente é como uma flecha, afiada numa das pontas. Você já deve ter visto uma flecha: ela não pode ser atirada nas duas extremidades, uma flecha só vai em uma direção. Ela não pode viajar em direções opostas simultaneamente, ela somente vai em direção ao seu alvo, em uma direção.

Assim, quando a flecha está no arco e então ela é disparada, existem dois aspectos a serem considerados – quando ela deixa o arco no qual ela estava situada, ela começa a se mover para fora dele, e ela começa a se aproximar do alvo, onde ela não estava antes. Um estado era que a flecha estava no arco e distante dali, numa árvore, estava o alvo. A flecha estava ainda no arco e ainda não havia atingido o alvo. Então a flecha deixa o arco, começa a se mover para fora dele e se aproximar do alvo. E em seguida chega o estado em que a flecha atinge o alvo, o arco permanece vazio e a flecha no centro do alvo.

Isso é o que nós estamos fazendo com nossa consciência o tempo todo. Sempre que a flecha de nossa consciência nos deixa, o arco interno se torna vazio e a flecha, ao alcançar o objeto, se apega a ele. Um rosto parece belo para você, a flecha de sua consciência é lançada. Agora aquela flecha não está dentro de você, a consciência não está dentro de você. A consciência correu para fora e se apegou ao belo rosto.

Existe um diamante no meio da Estrada; a flecha é lançada do arco. Agora a consciência não está dentro de você, agora a consciência se move e alcança o diamante, pinça o centro dele. Agora a sua consciência está com o diamante e não mais dentro de você. Agora a consciência está em algum outro lugar. Assim, todas as flechas de sua consciência tem alcançado e pinçado alguma coisa fora, em algum lugar fora. Você não tem mais a consciência dentro de si, ela está sempre indo para fora. Uma flecha consegue ir apenas em uma direção, mas a consciência pode ser bi-direcional – e quando isso acontece, a testemunha é experienciada. A flecha da consciência consegue ir em ambas as direções, ela pode ter dois gumes.  

Quando a sua consciência é puxada para algum lugar, se você puder manejar somente um tanto, um dia então a testemunha acontecerá dentro de você. Quando sua atenção for puxada para fora – uma bela mulher ou um belo homem estiver passando – a sua consciência foi pega ali e agora você esqueceu completamente de si mesmo, a consciência não está mais dentro de você. Agora você não está consciente, agora você se tornou inconsciente porque a sua consciência viajou para algum outro lugar, agora a sua consciência se tornou uma sombra daquela pessoa ou objeto – agora você não está mais consciente.

Agora, se você conseguir fazer essa única coisa: você viu alguém belo, a sua consciência foi puxada para lá. Se no mesmo momento você conseguir estar alerta, consciente do arco de onde a flecha foi lançada, se você conseguir simultaneamente ver ambos – a fonte de onde a consciência foi disparada e o objeto para onde a consciência está indo – se ambos puderem chegar à sua atenção simultaneamente, então você irá experienciar pela primeira vez o que significa a testemunha. De onde a consciência está se levantando, de onde a consciência foi lançada para fora – essa fonte tem que ser encontrada. (...)

Compreenda dessa outra maneira: quando eu estou falando, a sua consciência está em minhas palavras. Faça disso uma flecha apontada para os dois lados... Isso pode acontecer justo agora, neste exato momento. Quando eu estou falando, não escute apenas o que eu estou dizendo, permaneça também simultaneamente consciente de que você está ouvindo. Aquele que fala é um outro alguém, ele está falando, eu sou o ouvinte, eu estou ouvindo. Se mesmo por um momento, aqui, agora, manejar ambas as coisas simultaneamente – ouvindo também se lembrando do ouvinte, essa lembrança interna de que “eu estou ouvindo” – e não há nenhuma necessidade de repetir as palavras. Se você repetir as palavras “eu estou ouvindo” você não será capaz de ouvir ao mesmo tempo, você perderá o que eu disse.  Não há necessidade alguma de formar a frase interna “eu estou ouvindo, eu estou ouvindo”. Se você fizer isso, você ficará surdo por aquele período de tempo ao que eu estava dizendo. Naquele momento enquanto você ouvir sua própria voz dizendo “eu estou ouvindo”, você não ouvirá o que eu estiver dizendo.

É uma experiência simultânea de ouvir o que eu estou dizendo e também estar consciente de que você está ouvindo. A sensação, a realização, a experiência de que você é o ouvinte é o segundo aspecto.

Alcançar a consciência desse segundo aspecto é difícil. Se você conseguir manejar isso, será muito fácil tornar-se consciente do terceiro aspecto.

O terceiro aspecto é esse: se quem fala é A, quem escuta é B, então quem é aquele que experiencia ambos, o que fala e também o ouvinte? Esse é o terceiro, e esse terceiro ponto é a testemunha. Você não consegue ir além desse terceiro. Esse terceiro é o último ponto. E esses são os três pontos do triângulo da vida: os dois são o objeto e o sujeito, e o terceiro ponto é a testemunha desses dois, o experienciador desses dois, aquele que vê esses dois.

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       OSH0 - Finger Pointing to the Moon – cap. 3
                    Tradução: Bodhi Champak

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