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O(s) mistério(s) do mala

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Um mistério não é para ser decifrado. Um mistério é para ser vivido. Muitas vezes Osho nos parece contraditório e incoerente. Mas é só aparência. Relaxe e leia os textos com receptividade e com um “sim” no coração; e descubra a lógica sutil, a coerência e a harmonia entre as significativas citações abaixo. (NT)
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“O mala através das contas representa o tempo, o visível; e através do fio a eternidade, o invisível. Existem cento e oito contas no mala. Cento e oito contas representam cento e oito métodos de meditação; todos os métodos de meditação podem ser reduzidos a cento e oito – cento e oito são os métodos fundamentais de meditação. Então eles podem ser milhares com pequenas diferenças, pequenas mudanças – juntando dois ou três métodos ou pequenas partes de um método com pequenas partes de outro método. Pode-se fazer muitos métodos possíveis, mas os métodos fundamentais são cento e oito.

O mala tem cento e oito contas e um medalhão com a foto de alguém... ninguém sabe quem ele é. Alguém anônimo, alguém que é mais um ninguém do que um alguém; um homem que já morreu há muito tempo enquanto uma entidade separada, que já não existe mais como um “eu”, mas é apenas um espaço aberto. É aí que você tem que alcançar, é aí que você tem que chegar. Esse é o seu lar supremo.”

OSHO - The Dhammapada: The Way of the Buddha, Vol. 11, Chapter 4

 

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“E o mala é uma ponte entre nós; ele mantém você em profundo contato comigo. Pouco a pouco você conhecerá o significado porque é algo existencial. Logo você será capaz de saber que ele é um dispositivo para mantê-lo em constante comunhão comigo. A qualquer momento que você segurar o mala em suas mãos, me encontrará próximo de você. Ele é uma ponte sutil, invisível.

Isso não pode ser explicado aos não iniciados porque eles verão apenas o mala visível; eles perderão o mistério invisível. Eles verão apenas o corpo e perderão o espírito. Isso é para ser compreendido apenas pelos sannyasins; e mesmo os sannyasins levam tempo para compreender. Isso é uma experiência tão desconhecida que precisa ser aprendida. Pouco a pouco, através de muitas experiências, você se tornará consciente de que ele o mantém conectado comigo, que você pode estar a milhares de quilômetros distante e ainda assim você está tão próximo quanto é possível estar.”

OSHO - The Rainbow Bridge , Chapter 16

 

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“Isto é o que significa quando eu digo: ‘Seja um sannyasin. Simplesmente seja.’

Seu robe ocre, seu mala – essas são as regras. Isto é um jogo. Isto não é o que eu quero dizer quando digo sannyas verdadeiro.

Mas, você está tão acostumado a jogos que, antes que eu o leve a uma vida sem regras, no período transitório, você precisará de regras. Movendo-se deste mundo de regras e de jogos para um mundo sem regras e sem jogos, uma ponte tem que ser atravessada.

Suas roupas laranja e seu mala são apenas para este período transitório. Você não consegue abandonar as regras imediatamente, assim eu lhe dei novas regras. Mas esteja totalmente alerta de que seus robes não são o seu sannyas, o seu mala não é o seu sannyas, o seu novo nome não é o seu sannyas.

O sannyas estará ali quando não existir mais nome, quando você se tornar sem nome. Então não haverá regra alguma. Então, você será tão comum, você não será reconhecido.”

OSHO - A Bird on the Wing, Número 9

 

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“Com a nossa vinda para o Ocidente, agora, as roupas vermelhas e o mala não são mais necessários, porque aqui eles nunca foram símbolo de religião. Eles cumpriram sua função na Índia. Eles mostraram que um sannyasin pode estar com uma esposa, com filhos, que ele não precisa ser um parasita da sociedade, que pode trabalhar, criar, ganhar seu dinheiro e não precisa ser reverenciado. (...)  você está agora mais liberado de todos os símbolos externos. Tudo o que ficou é o centro essencial da religiosidade, da jornada interior, que somente você pode fazer. Eu não posso fazer isto por você, ninguém pode fazer isto por você.

Assim, agora ficou apenas a qualidade essencial, a qualidade mais fundamental da religiosidade: que é a meditação...

Agora você não tem mais qualquer símbolo externo, e isso é bom, pois se quiser ser um sannyasin, somente uma coisa você terá que se lembrar: como entrar na disciplina do testemunhar. Se não for assim, existe a possibilidade de que usando roupas vermelhas e o mala, você fique completamente satisfeito de que é um sannyasin, mas você não é. Roupas não fazem ninguém mudar, nem o mala leva ninguém a passar por uma transformação. Mas você pode enganar a si mesmo.

Agora eu estou tirando tudo isto de você, e deixando apenas uma coisa simples. Você não conseguirá enganar: ou você faz ou não faz. Sem fazer, você não é sannyasin. Assim o movimento chegou ao seu mais puro estado, ao estágio mais essencial.”

OSHO, From Bondage to Freedom, Número 17

 

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