Conexão Brasil                                                            outubro de 2004
 

 

Sannyas: uma experiência do dia-a-dia

 

Mensalmente apresentamos nesta seção o depoimento de um discípulo do Osho que adotou a meditação em seu dia-a-dia e aqui compartilha conosco essa sua experiência. O texto abaixo, em negrito e itálico, é sempre de responsabilidade do depoente.
Neste mês estamos apresentando o depoimento do Swami Deva Jayen

 

          Durante muitos anos Jayen esteve à frente do Centro de Meditação Osho Nirvano de Curitiba. Antes de seu depoimento, ele nos escreveu uma mensagem contando um pouco da história Centro. Ele nos diz: "O Osho Nirvano é um centro já bem antigo. Foi pedido por uma saniassin italiana que há muito tempo residia no Brasil, uma pessoa muito especial. Ela foi a primeira saniassin que conheci, e serviu de inspiração para mim e tantos outros. Tornamo-nos muito amigos e, a partir de 1980, quando ela recebeu o Centro, eu fiquei encarregado das 


Nartan, Italy, 1984

meditações, mesmo sem ainda ter pedido sanias. Por todos estes anos tivemos diversas fases, e recentemente me afastei e o Sikhar assumiu a tarefa de, teimosamente, não deixar o Centro desaparecer. Surya, a amiga que me referi acima, morreu já tem alguns anos e muitas pessoas que tinham uma conexão forte com ela, se dispersaram. Segue um pequeno comentário de como sinto atualmente o papel da Meditação no meu dia a dia

 

           Se um vinho fosse fabricado com uvas colhidas no mesmo ano em que eu pela primeira vez encontrei o Osho, provavelmente ele seria uma raridade e muito valorizado.
           Já me apresentar como Deva Jayen, saniassin há 22 anos, não é exatamente, motivo de orgulho. No mínimo demonstra uma enorme teimosia, ou uma resistência igualmente grande em, definitivamente, ser transformado. Transformado de uma forma tão intensa, que quem está agora falando com vocês nem mesmo se recordasse daquele individuo de  vinte e pouco anos atrás. Afinal, isto é tudo o que o Osho propunha, não é?
           Mudanças aconteceram, é claro, e foram muitas e intensas. Mas ainda hoje, algumas vezes, quando leio ou escuto um pequeno trecho de um discurso do Osho, a mesma sensação me invade: um misto de deslumbramento e terror. É ISTO. Como foi que me esqueci, e passei as últimas 24 horas (ou 24 dias?) envolvido com fantasias tentando colocar as coisas no seu devido lugar, igualzinho àquele sujeito de 22 anos atrás? Bem, talvez não tão igual assim. O que era um ideal vislumbrado após um trabalho árduo de Dinâmicas e Kundalinis, muitos confrontos com desejos e projeções nas turbulentas relações com nossas companheiras de jornada; aquela vaga sensação 'É DISTO QUE ELE ESTÁ FALANDO', não é mais apenas um vislumbre. Embora frágil e intangível, e sempre muito misterioso, sua realidade é cada dia mais forte, e aos poucos nos preenche com uma doce e agradável certeza: É ISTO!
         Bem, eu sempre penso no que o Osho e a Meditação representam e no que  causaram  em minha vida, mas isto em momentos em que estou divagando. Pois é apenas neste estado que entro nesta MINHA vida
          Fora dele (do devaneio), fica claro: VIDA (minha ou tua), OSHO e MEDITAÇÃO não são coisas diferentes.

 

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