Conexão Brasil                                                           março de 2006
 

 

Notícias de Puna


Mensalmente, o Osho Conexão Brasil apresenta aos seus leitores notícias diretamente de Puna, Índia. Desde nossa primeira edição, esta coluna tem sido de responsabilidade do Sw. Prasado, brasileiro, há alguns anos residente no Osho International Meditation Resort. Por alguns meses Prasado estará ausente, cuidando de assuntos pessoais. Neste mês, quem escreveu a coluna foi o Sw. Subuddha que se encontra em Puna, onde participa de treinamentos na Osho Multiversity..

 


Subuddha

Olá pessoal,

          Fevereiro chegou trazendo um clima menos seco, dias mais quentes, noites agradáveis e manhãs frescas – melhor levar um xale ou uma malha para o caminho até a Dinâmica. Fevereiro trouxe também uma certa excitação entre alguns com a notícia de que o Sw. Veeresh estava a caminho.

          O Resorte continua cheio, mas menos pessoas. Melhor assim. Em Janeiro havia longas filas para quase tudo, não estava fácil conseguir mesas nos horários das refeições, e sempre muita gente em toda a parte. Agora ainda está cheio, mas tem mais espaço e menos filas.
       
Descobri com o tempo que há muitos brasileiros no campus. Pelo menos trinta passaram por aqui nesta temporada – segundo a enquete que fiz. Como não é comum ver grupos de brasileiros; nós gostamos de nos aproximar das pessoas segundo a afinidade pessoal e não por nacionalidade, e também como não há um tipo físico brasileiro – somos louros, mediterrâneos, morenos, negros, asiáticos e até índios – fica difícil identificar e saber quantos estão por aqui.
     
O Multiversity continua a mil, com muitas atividades. Com a chegada do Veeresh e alguns terapeutas do Humaniversity, outros grupos e meditações foram integrados à programação, aumentando as possibilidades para quem está aqui neste período.
     
Eu não conhecia o Veeresh, nunca o havia visto pessoalmente. Ele é um cara interessante. Parece um astro pop, tem carisma e energia contagiante. E o melhor de tudo é que ele trouxe na bagagem algumas atividades cheias de energia e muito gostosas de participar; como a AUM Meditation, por exemplo.
     
Ao todo foram programadas três ou quatro seções da AUM Meditation sob a coordenação do próprio Veeresh. É uma maratona. São doze estágios em cerca de duas horas e meia de atividades: tem explosão, tem cartase, tem choro e tem também muita dança, muita sensualidade, riso, encontros, amor e celebração.
     
Eu, claro, não podia ficar de fora, na primeira seção lá estava eu e mais de duzentas pessoas no Plaza esperando a hora de seguirmos todos juntos para o auditório. Uma agitação só. Gente correndo numa direção para por o carimbo no braço, gente correndo noutra direção para buscar e colocar seus nomes nas garrafas d’água, gente procurando gente, gente sentada rindo e falando alto e um clima de paquera no ar. 
     
Pouco depois das nove e meia (da noite) saímos em direção ao auditório. Não parecia uma procissão, o clima estava bem mais para micaretas, trio elétricos e coisas tais. Na entrada mostrávamos nossos pulsos carimbados e corríamos para dentro como adolescentes na balada. Do lado de dentro a música rolava solta, ótima música, super dançante. No centro do auditório, bem no meio da pirâmide, colchões demarcavam o quadrilátero onde tudo ia acontecer. Os facilitadores incentivavam a dança e o clima de festa, e logo todo o lugar estava vibrando e cheio de energia. Em seguida o Veeresh chegou para nos conduzir na nossa viagem. Ele esteve presente liderando o grupo de facilitadores, anunciando e incentivando as pessoas a cada novo estágio da meditação, caminhando no meio e interagindo conosco todo o tempo.
     
Não vou descrever os doze estágios para vocês, mas posso dizer que ao final estávamos todos exaustos, vazios e completos, e pulsando. Vivos! E claro, com muita fome.
     
No Campus as horas são marcadas por um galo que canta. Canta duas vezes. A cada hora cheia o galo canta e cerca de três minutos depois canta novamente. Somente agora fui saber a razão deste duplo cantar: tem a ver com as técnicas do Gurdjeff que foram incorporadas ao Resorte. O galo canta a primeira vez para lembrar as pessoas de olhar para dentro, de olhar para o entorno, de sentir e de silenciar por alguns minutos ao longo do dia (de trabalho). Depois canta novamente para que as pessoas voltem às suas atividades, mas com uma outra consciência, em estado de alerta. Obrigado Bhadra pelo toque. Este pequeno detalhe contribuiu imenso no meu trabalho pessoal.
     
Como ninguém é de ferro, estou de partida para Goa – quero fazer o circuito completo! E de lá retorno ao Brasil. Foi um grande prazer para mim, ter tido a oportunidade de escrever para o Osho Conection. Falar das experiências pessoais de estar aqui exigiria muitas e muitas laudas, então optei por falar dos aspectos externos deste lugar – aqueles que são comuns a todos. A viagem interna, esta mais forte, pesada (às vezes) e inesquecível, é pessoal. Desta não faria sentido eu contar por que cada um viverá a sua, que será única, individual e intransferível. Entretanto uma coisa é certa e comum a todos que vêm aqui: ninguém passa indiferente por este lugar. Ninguém volta o mesmo depois de vir a Poona.

                                                                         Com amor,
                                                                         Subuddha.

 

 

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