Conexão Brasil                                                        janeiro de 2005
 

 

Depoimentos

 

Mensalmente estávamos apresentando no boletim o depoimento de um discípulo do Osho que adotou a meditação em seu dia-a-dia compartilhando a sua experiência no sânias. 

Sentimos que deveríamos abrir este espaço para depoimentos mais livres por parte de nossos leitores. O foco continua sendo a experiência de cada um com Osho, com seus toques, com suas meditações, etc. Mas agora convidados a todos, sannyasins ou não, iniciantes ou veteranos, que façam uso deste espaço para seus depoimentos pessoais a respeito de suas experiências com Osho.

Dois depoimentos nos foram enviados neste mês. O primeiro, da Ma Satyam Ida Olga, a coordenadora do Centro Osho Vidheya, de Salvador. O seu depoimento tem a ver com o tema de nossa seção "Opinião Pessoal" desta edição.
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      Experiência no Centro de Meditação Osho Vidheya 

      Faz 2 ou 3 anos assumi um risco, que para mim não era para ser incoerente e sim tinha sua coerência, ao permitir que dois antigos sannyasins continuassem com seus novos trabalhos aqui. Um que por anos sempre apresentou excelentes trabalhos inéditos, palestras e grupos no Vidheya e outro que estava numa situação “x” e foi um encontro feliz, 20 anos depois de sua passagem e trabalho no inicio do 1º Vidheya. Os dois mostravam estar centrados em novos  graus de consciência, que é assim que eu quero me referir ao que eles denominam “iluminação”, ”realização”,etc.

      Consciência, iluminação é o que se espera de todos os que entram inteiros neste caminho do Osho!! Para mim não cabe discriminação nem preconceito e sim olho no olho e alegria! por Osho, pelo Planeta, por tudo. Confiante, pessoalmente assisti uma ou duas vezes os trabalhos determinados,que transmitiam a marca do Osho e nada demais, além de suas experiências pessoais sempre interessantes.

      Mas como tudo tem seu movimento e mudança, neste ano de 2004 aconteceram as  incoerências e o aprendizado. O menoscabar publicamente o caminho da meditação deste Centro Osho, como remate de ofertas e produtos, e vender a si mais facilmente (teve resposta minha e da Existência), e o de chegar ao meu conhecimento por  varias fontes seguras, que fora do Vidheya a outra pessoa se apresentava nos outros Espaços públicos de Salvador, com a foto de outro Mestre e sem a foto de Osho. Está assim selada, pelos próprios, o fim da experiência neste Jardim Osho que, após a abertura e créditos cedidos, não ficou mais florido do que estava.

      Esta experiência atingiu meu ser, e veio também para dar resposta a um questionamento público de se “achar injusto e arbitrário” que o  Ashram de Pune  não abra espaço para  estas experiências, e determine zelar pela preservação da Obra e dos Espaços Osho em sua integridade e pureza, um direito justo e inquestionável.

      O jardim daqui continua igual a não ser as plantas sobre o muro, porque os públicos eram diferentes, e  porque embora tudo seja anunciado no painel sem restrições, os freqüentadores  do Vidheya estão preparados através da meditação e conscientizações, a alcançar por eles mesmos, ao estilo Osho, um uníssono com a Existência, sem mediadores, tanto assim que nossa festa do dia 11 de dezembro foi muito povoada, com a presença também de antigos sannyasins todos de branco, irmanados na energia do Robe Branco e do vídeo “ Sem Meditação, Tudo é Inútil”. Depois muita música, muitas palmas para o bolo de Osho e ceia farta.

      Foi um teste para mim sobre como estou conduzindo estas pessoas, algumas já  sannyasins. Esta declaração gostaria que fosse publica, e que eles a visem publicada. Eles sabem o que o caminho de Osho lhes proporciona!! E esta alegria de vê-los felizes, seguros em seu âmago, livres, é minha felicidade!

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      Os textos de Osho estão para nos elucidar. Dentro de um texto conhecido tem um trecho que diz:-

      “Eis porque chamei à própria iluminação de o último jogo, Quanto mais cedo você abandona-lo, melhor..”

      Esta frase, a tornei meu mantra

      A questão não é a iluminação em sí, a questão é o que se faz com ela , qual alvo está sendo apontado, para quê e para quem, com quê objetivo, se é abrangente ou não.

      E o “Sonho” é muito mais abrangente que os 10.000  budhas! Os 10.000 budhas são o meio para o “Sonho” ser possível!

      E ai a opção pelo Sonho ou pela sua própria marca.

      Eu os vejo como dois posicionamentos claros e definidos, cada um em seu lugar.

      E também vejo claro que uma estrutura já existente e definida não pode ser utilizada como simples trampolim para o vôo de quem for, iluminados ou não, (como se a casa de Tia Joana fosse).

      Nos vôos próprios é necessário primeiro se tornar jardineiros de seu próprio jardim, saber semear e aguardar as chuvas e o tempo da colheita e aí sim, sentar na cadeira e ser o Mestre, do próprio jardim.

      Com toda nossa diversidade, estamos todos na mesma nave Terra.

      A vida é UMA na Fonte, mas as formas são diversas

      Esta experiência relatada eu não a chamei, mas a aceitei. Estou bem definida e completa com Osho (vide meu depoimento - boletim nº 19), satisfeita e agradecida pela vida inteira de ter nascido nestas mesmas épocas e participar da Graça de Sua passagem pela terra. Meu encontro já está feito.

                                                                                Satyam Ida Olga

             

O segundo depoimento deste mês é da Maria Alzira (Shanti). 
Enquanto alguns se declaram "iluminados" e reclamam um reconhecimento oficial por parte da comunidade sânias: enquanto outros também auto-declarados, não reclamam, mas sutilmente procuram se apropriar do jardim alheio (usando a expressão da Olga, no texto acima); a nossa amiga Maria Alzira (Shanti) nos dá um belo depoimento de amor, entrega e simplicidade.
Eis o seu depoimento: 

 

      Sempre me revigoro quando leio ou releio textos do Mestre.

      Hoje, especialmente, me perguntaram várias vezes porque vivo sozinha numa casa tão grande? Porque você não vai a lugar algum? Que solidão é esta que você se impôs? É promessa? Enfim, vários questionamentos acontecem, naturalmente por pessoas que gostam de mim e acham que sou infeliz ou que tenho alguma "paixão" recolhida.

      D
escobri, com Osho, que o melhor caminho é o caminho interior. A riqueza e a pobreza se alternam, como um fluxo e refluxo das ondas do mar....Deixei de correr atrás, resolvi ficar comigo, fiz opção por mim mesma...não preciso mais de nenhum jogo...nenhuma fuga. Resolvi relaxar e ..........simplesmente ser. Não mais me importa ouvir as pessoas "sábias" dizendo:
"
Você deve estar com alguma CRENÇA"! É preciso fazer alguma coisa pra acabar com isso.....e outras balelas...mas, RELAXEI...optei por mim. Obrigada OSHO, muito OBRIGADA MESTRE! "Hoje, EU SOU o que a existência quer que eu seja....!"

                                                      abraços,
                                                      Shanti

 

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