Olá
Aneeta, como vai sua saúde?
Aneeta:
Bem!
Bom. Eu gostaria que você se tornasse parte de
minha família, mm? Assim, fique aqui. Eu gosto de
sua energia e eu gostaria que você a usasse de
uma maneira mais criativa. Assim, torne-se parte
do Ashram, e esqueça todos os problemas e coisas
assim.
Sempre é mais fácil abandonar os
problemas do que resolvê-los. E sempre que você
puder abandonar um problema, é melhor abandoná-lo
que resolvê-lo, porque mesmo se você for bem
sucedida na solução dele – o que é muito difícil
– alguma coisa dele continuará em uma forma
modificada.
Assim, a respeito de problemas, é preciso
ser muito particular. Primeira coisa: se você
puder abandoná-los, deixá-los de lado, é melhor
que resolvê-los. Se eles não puderem ser
abandonados, somente então, tente resolvê-los. E
a minha compreensão é de que se você estiver
pronta para abandoná-los, noventa e nove por
cento dos problemas poderão ser abandonados. Não
há necessidade alguma de resolvê-los – eles não
valem o esforço.
Se você viver muito tempo com os
problemas, eles tendem a se tornar parte de seu
ser. Então, uma parte de seu ser se agarra a eles
e outra parte tenta resolvê-los – existe uma
dicotomia. Então você se move para direções
diametricalmente opostas, porque uma parte
tornou-se tão acostumada a eles que sem eles não
será capaz de viver.
Eu conheci um casal. O marido era um alcoólatra
e por quase quinze anos a esposa esteve
continuamente brigando. Aquele era seu único
problema. Ela veio a mim e disse, ‘Este é o único
problema. Se você puder resolvê-lo... E meu
marido vem a você. Ele é louco por você porque
quando ele fica bêbado, ele só fala de você –
nada mais! Por isso, ajude-me! Eu não desejo
nenhuma iluminação,’ disse a mulher, ‘Eu não
quero paz alguma em minha mente. Se meu marido não
ficar mais nesse estado louco, eu estarei
perfeitamente feliz.’
Assim, eu falei com o marido, ‘Apenas por
sete dias tente não beber e vamos ver o que
acontece.’ Por sete dias ele parou. Em primeiro
lugar, a mulher nunca esperava por isso. Ela tinha
falado sobre isso, mas não tinha expectativas. O
investimento de quinze anos, de repente se foi –
nada mais havia para falar a respeito, nenhum
motivo mais para brigar. E não era apenas isso
– o poder dela, a atitude dela que era ‘mais
santa que ele’... De repente o marido não era
mais aquele companheiro indecente, bêbado, e ela
não podia puxá-lo para baixo repetidas vezes por
todo o dia.
No sétimo dia eu fui à casa deles e
perguntei, ‘Como você está se sentindo?’ Ela
disse, ‘Eu estou me sentindo triste. Isto é
estranho – ele realmente parou! Mas eu estou me
sentindo muito triste – como se todo o trabalho
da minha vida tivesse se perdido. Agora eu não
vejo razão pela qual eu devo viver. Aquilo havia
se tornado um sentido para mim.’
É muito perigoso viver com problemas por
muito tempo – eles se tornam o seu sentido.
Assim, imediatamente, sempre que existir um
problema, a primeira coisa é – se você puder,
abandone-o. Se você não puder abandoná-lo de
maneira alguma, então resolva-o. O problema que não
pode ser abandonado, merece ser resolvido e você
crescerá através disso.
Assim, esqueça o seu marido e o problema
relacionado a ele, mm? Simplesmente esteja aqui...
E esqueça a América.
E se você precisar de problemas, eu posso
criar muitos, mm? (risos) Ótimo!”
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