Arup
disse que estava incerta, se ela deveria entrar
num relacionamento ou não, e se o homem com o
qual ela estava era o certo para ela.
“Normalmente, um relacionamento sempre
perturba. A não ser que você seja capaz de
permanecer só, um relacionamento sempre perturba.
Ele é
quase como um banqueiro. Se você tiver dinheiro,
o banqueiro irá oferecê-lo a você. Se você não
tiver, ele não lhe dará dinheiro. Quando você
tem, todo mundo está pronto para lhe ajudar;
quando você não tem, ninguém está disponível!
Assim, os bancos continuam dando dinheiro às
pessoas que são ricas.
Com os
relacionamentos, é exatamente o mesmo caso. Se
você está feliz, o relacionamento a fará mais
feliz. Se você está feliz sozinha – o que
significa que você não está precisando de um
relacionamento – somente assim um relacionamento
lhe dará felicidade. Se você está precisando
dele, então você se tornará miserável –
porque toda dependência traz miséria.
No
momento em que você se sente dependente de alguém
para a sua felicidade, você começa a se sentir
miserável, porque a escravidão é a coisa mais
detestada pelo ser. Normalmente todos os
relacionamentos viram escravidão, um tipo de
servidão, um aprisionamento.
Eu
estava achando que mais cedo ou mais tarde você
ia entrar em problemas (risos), porque quando alguém
está se sentindo bem, esquece os tipos de miséria
que um relacionamento pode trazer. É assim que a
mente funciona.
Quando
está só, você tem uma fantasia a respeito de
quanta felicidade lhe advirá se estiver num
relacionamento. Quando você está num
relacionamento, você começa a pensar que é
melhor estar só.
A
minha sugestão é que, se você puder permanecer
sem um relacionamento, isso será muito útil para
você. Basicamente não há necessidade alguma,
mas no mundo ocidental uma coisa nova aconteceu,
exatamente o polo oposto da mente oriental.
O
mundo oriental pensa que se você está num
relacionamento amoroso, alguma coisa está errada.
Assim, a mente oriental sempre apreciou o
celibato, aquele que vive só e não está de
maneira alguma se direcionando a um
relacionamento. Se você entra num relacionamento,
você é quase algo especial, o que é tolice. No
ocidente, exatamente o oposto tem acontecido.
Se você
não está num relacionamento, algo está errado.
Se você não está procurando um relacionamento,
está cometendo um pecado contra a natureza, ou
pelo menos contra a psicologia.
Assim,
a mente ocidental continua pensando que, sempre
que alguém está só, alguma coisa está errada e
que aquela pessoa deve procurar um relacionamento.
No oriente as pessoas continuam pensando a
respeito de como elas podem ficar fora de um
relacionamento. Ambos estão errados. A pessoa
deve viver onde estiver feliz. Ela deve ser
egoista. Eu lhes ensino o absoluto egoismo. A
pessoa deve apenas pensar, ‘Em que eu sou
feliz?’
O que
os psicólogos e teólogos dizem, e o que o
oriente diz, é tudo besteira. Abandone isso! Não
se preocupe, Ninguém considerou você. Talvez
eles tenham levado outras pessoas em consideração,
mas não você. Nenhuma teoria existe para você,
até agora. E todas as teorias são baseadas na média,
apenas análises de fenômenos em particular.
Você
é raro – nenhum teoria existe para você. Não
consulte psicólogo algum ou sacerdote.
Simplesmente olhe para si mesmo. Em que você se
sente alegre, feliz, em sintonia, harmônico –
esse é o seu caminho. Se você está se sentindo
bem – e você está, você está florescendo...
Agora, de repente, aparece esse relacionamento e
você se perturbou e a energia não está mais
fluindo.
Se você
abandonar isso, será bom. Você pode deixar essa
questão comigo e quando eu vir que você está
feliz sozinha, e que não há qualquer necessidade
de relacionamento, eu lhe direi para procurar um.
Quando você estiver só o suficiente, eu
arrumarei um homem para você (risos).
Primeiro
esteja firme em seu ser... Enraizada... Tão firme
que agora ninguém consegue perturbá-la. Abra as
janelas e deixe o vento soprar, e desfrute-o.
Primeiro, esteja tão enraizada que ninguém possa
derrubá-la.”
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