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Osho
fala sobre o Sannyas
Nesta
seção estamos apresentando a tradução dos vários
trechos de falas do Osho a respeito do Sannyas
constantes do site www.neosannyas.org
. Este é o novo site destinado às pessoas
interessadas em se tornar sannyasins.
“Olhar
a vida do ponto de vista da auto-ignorância é sansara,
o mundo. Olhar a vida do ponto de vista do
autoconhecimento é sannyas.
Conseqüentemente, sempre que alguém me diz que
tomou sannyas, me parece muito falso. Este
‘tomar’ o sannyas dá a impressão de que é
um ato antagônico contra o mundo. Pode o
sannyas ser tomado? Pode alguém dizer que
‘tomou’ o saber? E um saber que possa ser
tomado, será um verdadeiro saber? Um sannyas
que é tomado, não é sannyas.
Você não pode se cobrir com um manto da
verdade. A verdade tem que ser despertada dentro
de você. O sannyas nasce. Ele chega através da
compreensão e com tal compreensão nós vamos
sendo transformados. Na medida em que nossa
compreensão muda, a nossa visão muda e o nosso
comportamento é transformado sem qualquer esforço.
O mundo permanece onde ele está, mas o sannyas
gradualmente nasce dentro de nós. Sannyas é a
consciência de que ‘Eu não sou apenas o
corpo, eu também sou a alma.’ Com este saber,
a ignorância e os apegos dentro de nós são
abandonados. O mundo estava do lado de fora e
ele ainda continua lá, mas dentro de nós haverá
uma ausência de apegos a ele. Em outras
palavras, não haverá nenhum mundo, nenhuma sansara
dentro de nós”.
Osho,
The Perfect Way, Número 3
“A
‘porta de entrada’ para o sannyas estava lá,
mas a ‘porta de saída’ estava faltando.
Podia-se entrar, mas não se podia sair. Mesmo
um céu, onde não haja porta de saída, pode se
tornar um inferno – ele se torna uma prisão,
um cárcere. Você pode dizer, ‘De maneira
alguma, se algum sannyasin realmente quisesse
deixar (o sannyas), o que os outros poderiam
fazer? Ele poderia deixar.’ Mas você o
condenaria, o insultaria – haveria uma condenação
por trás disso.
É por isso que criamos um estratagema pelo qual
sempre que alguém toma sannyas, nós fazemos
uma grande publicidade e pompa para expor a
todos ao redor; sempre que alguém toma sannyas,
nós tocamos muitas músicas cerimoniais. Sempre
que alguém toma sannyas, nos o cobrimos com
coroas de flores e guirlandas, o enaltecemos,
condecoramos e lhe demonstramos grande respeito.
Nós o satisfazemos com uma demonstração
exuberante, como se estivesse acontecendo um
grande evento. Mas existe um outro lado nessa
demonstração. Este sannyasin não sabe que se
ele pedir para se retirar amanhã, então, da
mesma forma como ele está sendo coberto com
guirlandas hoje, pedras e sapatos lhe serão
atirados. E isso será feito por ninguém mais
que essas mesmas pessoas.
Na
verdade, ao cobrir-lhe com guirlandas, essas
pessoas estão lhe avisando para nunca se
retirar. Caso contrário, da mesma maneira como
você está sendo enaltecido, os insultos estarão
lhe esperando. Esta é uma situação muito
perigosa. Por causa disto, muitas pessoas que
poderiam ter saboreado a alegria do sannyas,
permaneceram tolhidas dele. Quem
sabe? Elas nunca poderiam decidir aquilo por
toda a vida... Decidir um compromisso por toda a
vida é uma coisa muito grande, é uma questão
muito difícil. Além disso, nós não temos
direito de decidir.
Assim,
a minha visão é que o sannyas é sempre periódico.
Você pode se retirar dele a qualquer momento.
Quem pode obstruir o seu caminho? Você tomou
sannyas e agora o está deixando. Exceto você,
não há outro juiz nesse caso. Apenas você é
o fator decisivo nisto e esta é a sua própria
decisão. Isto não interessa a mais ninguém e
não é requerida a aprovação de mais ninguém.
O sannyas é individual, é a decisão da própria
pessoa. Toma-se ele hoje e abandona-se ele amanhã.
Não é para se esperar que alguém seja
elogiado quando toma sannyas, nem que seja
condenado quando o abandona. Isto não é
assunto seu.
Ao mesmo tempo, lembre-se, até agora o sannyas
tem sido sempre relacionado com algum mestre:
algum mestre dá a iniciação. O sannyas não
é algo que alguma outra pessoa possa dar a você.
O sannyas é algo que se toma, mas ninguém pode
dá-lo. Ou, melhor dizendo, exceto a própria
existência, quem mais pode dar sannyas? Se alguém
vem até a mim e diz, ‘Por favor, me dê a
iniciação,’ eu lhe digo, ‘Como posso eu
lhe dar a iniação? Eu posso apenas ser uma
testemunha. A iniciação você a toma do
divino; a iniciação você a toma da própria
existência; eu, no máximo, posso ser uma
testemunha disso, de que estava presente quando
esse fenômeno aconteceu. Nada existe além
disto. Um sannyas apegado a um mestre tende a se
tornar sectário. Um sannyas apegado a um mestre
nunca pode trazer liberdade, ele irá trazer
apenas prisão...
Eu não serei o mestre deles, mas apenas uma
testemunha da iniciação deles no sannyas. Na
verdade, o sannyas será uma questão de um
relacionamento direto entre eles e a existência.
Não haverá qualquer ritual para iniciação no
sannyas, de modo que a pessoa não tenha
qualquer dificuldade em deixá-lo quando ela
quiser...
Quando eu disse ‘meus sannyasins’ não foi
uma distração. O meu falar é diferente, eu
dificilmente me distraio. Na primeira vez que um
amigo disse, ‘seus sannyasins’, eu neguei e
disse, ‘não diga meus.’ Mas minha intensão
era diferente. A intenção era perguntar,
‘como um sannyasin pode ser meu? Mas quando eu
voltei a dizer isso novamente, não era uma
distração. Eu disse ‘meus sannyasins’. O
sannyasin não pode ser meu, mas certamente eu
posso pertencer aos sannyasins”.
Osho,
Ao seu redor, não irá mais uma vez
desenvolver-se uma seita?
“Não,
uma seita não irá se desenvolver. Ela não irá
se desenvolver porque para isso existem alguns
poucos pré-requisitos essenciais.
Um, é preciso um mestre, são necessárias as
escrituras e as doutrinas, e também alguns
adjetivos. E não apenas isto, é também necessário
ter a insistência de que qualquer outra coisa
que exista além disto, diferente disto, fora
disto, está totalmente errado e somente isto
está absolutamente certo.
Não, eu estou dizendo que chamo sannyasin a
alguém que é sem qualquer adjetivo. E é difícil
formar uma seita sem adjetivos. Uma seita não
pode ser formada sem adjetivos. Eu estou
chamando sannyasin a alguém que não pertence a
religião alguma. Como você pode formar uma
seita sem uma religião? Eu estou chamando
sannyasin a alguém que não tem qualquer
escritura religiosa, que não tem qualquer
mestre religioso, que não tem templo, nem
mosteiro, nem igreja, nem gurudwara (templo
sikhi). Assim é difícil se formar uma seita.
Nós devemos nos esforçar para que nenhuma
seita se forme, porque as seitas têm causado
mais dano à religiosidade do que qualquer outra
coisa. A irreligiosidade não tem feito tanto
mal à religiosidade quanto as seitas.
Osho,
Krishna: The Man and His Philosophy, Número
22
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“Sannyas
significa coragem, mais do que qualquer outra
coisa, porque ele é uma declaração de sua
individualidade, de sua liberdade, de que você
não será mais parte da loucura coletiva, da
psicologia coletiva. Ele é uma declaração de
que você está se tornando universal; você não
pertence mais a país algum, a igreja alguma, a
raça alguma, a religião alguma.
Osho,
Finger Pointing to the Moon, Número 7
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“Isto
é o que significa quando eu digo: ‘Seja um
sannyasin. Simplesmente seja.’
Seu robe ocre, seu mala – essas são as
regras. Isto é um jogo. Isto não é o que eu
quero dizer quando digo sannyas verdadeiro.
Mas, você está tão acostumado a jogos que,
antes que eu o leve a uma vida sem regras, no
período transitório, você precisará de
regras. Movendo-se deste mundo de regras e de
jogos para um mundo sem regras e sem jogos, uma
ponte tem que ser atravessada.
Suas roupas laranja e seu mala são apenas para
este período transitório. Você não consegue
abandonar as regras imediatamente, assim eu lhe
dei novas regras. Mas esteja totalmente alerta
de que seus robes não são o seu sannyas, o seu
mala não é o seu sannyas, o seu novo nome não
é o seu sannyas.
O sannyas estará ali quando não existir mais
nome, quando você se tornar sem nome. Então não
haverá regra alguma. Então, você será tão
comum, você não será reconhecido”.
Osho,
A Bird on the Wing, Número 9
“Você
não pertence a lugar algum – esta é a
realidade. Todo anseio por pertencer é
enganoso. A própria idéia de pertencer cria
organizações; a própria idéia de pertencer
cria a igreja – porque você não consegue
estar só, você quer embrenhar-se em algum
lugar numa multidão. Um sannyasin é alguém
que aceitou a sua solidão. Ela é fundamental,
não pode ser afogada. Ao se tornar um sannyasin,
você não está se tornando parte de uma certa
organização – isto não é uma organização,
de jeito algum. Por se tornar um sannyasin, você
está se tornando corajoso suficiente para
aceitar um certo fato: que o homem existe em
solidão. E isto é tão fundamental que não
existe jeito de escapar disto. Isto é tão
fundamental quanto a morte. Na verdade, a morte
nada mais é do que lhe trazer a notícia de que
você esteve só e que agora está só”.
Osho,
The Divine Melody, Número 10
Osho,
Uma
querida amiga minha do Ocidente enviou-lhe uma
carta pedindo um nome sannyas e depois veio
aqui, antes de receber uma resposta, e tomou
sannyas. O nome que lhe foi dado através da
carta foi um tipo de nome totalmente diferente
do que você deu a ela aqui. Eu fiquei muito
perturbada quando ouvi isto, pois eu sempre
pensei no meu nome como sendo o meu caminho. Eu
usava-o para me dar uma direção quando eu
estava confusa. Qual é realmente o significado
do nome que você nos dá?
“Veera,
toda vaca sagrada defeca. Não se deixe enganar
pelos nomes. Você sempre está querendo
agarrar-se a alguma coisa, para fazer algo
grandioso a partir do nada. Os nomes que dou a
vocês são apenas como doces tolices de
namorados. Não faça muito estardalhaço com
eles.
Na verdade, uma vez que eu lhe dei um nome,
nunca venha depois me perguntar novamente sobre
o seu significado porque eu me esqueço. Foi
naquele momento que eu criei um significado para
ele. Então, como eu posso me lembrar? Eu já
devo ter dado trinta mil nomes ou mais.
Um nome é apenas um nome. Você é sem nome.
Nome algum restringe você, nenhum nome pode
restringir você. Eles são apenas rótulos para
serem usados – utilitários, nada de
espiritual neles. Mas porque eu dou muita atenção
ao seu nome e lhe explico, você fica enganchado
nele. Esta é apenas a minha maneira de
demonstrar minha atenção para com você, nada
mais; apenas a minha maneira de demonstrar meu
amor por você, nada mais”.
Osho,
The Diamond Sutra, Número 10
“Eu
gostaria que meus sannyasins vivessem a vida em
sua totalidade, mas com uma condição absoluta,
uma condição categórica: e essa condição é
consciência e meditação. Primeiro vá fundo
na meditação, de modo que você possa limpar a
sua inconsciência de todas as sementes
venenosas, de modo que nada exista para ser
corrompido e nada exista dentro de você cujo
poder possa trazê-lo para fora. E a partir de
então faça tudo o que tiver vontade de
fazer”.
Osho,
The Dhammapada: The Way of the Buddha,
Vol. 6. Número 40
“O
professor, parecerá muito compassivo, porque
ele lhe dará toda orientação e assumirá toda
a responsabilidade. Ele estará mostrando a você
o caminho; estará conduzindo-o no caminho, e
você terá apenas que seguir.
O mestre não está interessado em que você o
siga. Não, exatamente o contrário; você não
deve segui-lo, caso contrário irá deixar de se
tornar você mesmo. Então o que ele faz? Na
verdade, todo o seu funcionamento é negativo.
Ele destrói todas as suas muletas e seus
apoios. Ele o torna vulnerável a todo tipo de
medos, ansiedades, desafios. Isto é tudo
negativo. No que diz respeito à positividade,
ele nada faz. Ele é apenas um espelho.
Ele permite que você se aproxime e veja a sua
face em seu espelho. Ele não quer que você o
imite e se torne o seu rosto. Ele quer que você
olhe para ele. Ele não tem idéia alguma. Isto
significa que toda poeira do espelho já foi
retirada. O seu espelho está limpo. Você pode
se aproximar e olhar, e irá encontrar a sua
face. O espelho simplesmente reflete, ele não
é um fazer, ele não é um ato.
Certamente o meu relacionamento com você é único.
Em primeiro lugar ele não é um relacionamento,
pois que tipo de relacionamento você pode ter
com um espelho? Você pode olhar a sua face e
ficar agradecido, dizer obrigado – mas isto não
é um relacionamento. Que tipo de relacionamento
o espelho pode ter com você? Não existe
possibilidade. O espelho está simplesmente ali.
Ele não se relaciona de maneira alguma possível,
ele simplesmente existe.
Por isso o relacionamento é único, pois se você
for a outras religiões, o mestre – o qual, em
primeiro lugar, não é um mestre, mas é assim
chamado – o assim chamado mestre, terá mil e
uma exigências a serem satisfeitas porque ele
irá fazer um grande trabalho para você. Eu não
estou fazendo coisa alguma para você, por isso
nada exijo de você. O ‘mestre’ terá condições
a serem preenchidas. Se você falhar no
preenchimento das condições, então a condenação,
se você preencher as condições, então o
elogio, a recompensa.
Eu não posso condená-lo e não posso recompensá-lo
– porque eu não tenho quaisquer condições
que tenham que ser preenchidas por você. Ser
meu discípulo é uma decisão sua. Isto nada
tem a ver comigo. Aceitar-me como seu mestre é
sua decisão, nada tem a ver comigo. Eu não
estou procurando por convertidos; eu não sou um
missionário cristão. Eu não estou me esforçando
para que as pessoas se convertam à minha
maneira de pensar, à minha maneira de viver. Não,
de jeito algum. Se fosse o contrário, nestes
trinta e cinco anos eu teria convertido milhões
de pessoas sem qualquer problema. Elas estavam
prontas para serem convertidas; eu não estava
pronto para converter.
Esta é a sua decisão. Lembre-se sempre, o que
quer que aconteça aqui é sua decisão.
Se você é um sannyasin, esta é a sua decisão.
Se você abandonar o sannyas, esta é a sua
decisão.
Se você tomá-lo de novo, esta é a sua decisão.
Eu deixo tudo por sua conta.
Assim, este é um relacionamento sem igual; ele
tem absolutamente apenas um lado; do meu lado não
há qualquer relacionamento. Isto tem que ficar
inteiramente claro: de meu lado não há
qualquer relacionamento”.
Osho,
From Unconsciousness to Consciousness, Número
18
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“Assim,
isto foi uma necessidade absoluta, não havia
outra maneira para enlaçar o meu povo. Todo
mundo já está dividido. Este não é um mundo
aberto: alguém é cristão, alguém é hindu,
alguém é muçulmano. É muito difícil
encontrar uma pessoa que é ninguém. Eu tive
que encontrar o meu povo nesses rebanhos
fechados, mas para entrar em seus rebanhos eu
tive que falar a linguagem deles. Aos poucos eu
abandonei a linguagem deles. Proporcionalmente,
minha mensagem foi se tornando mais clara e fui
abandonando aos poucos a linguagem deles.
E depois do meu sannyas, eu dei esse período de
três anos, um intervalo em que qualquer um que
quisesse me deixar, poderia deixar – porque eu
não quero interferir na vida de ninguém. Se eu
puder melhorar, ótimo. Se eu não puder
melhorar você e o seu ser, então é melhor que
se afaste de mim”.
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Osho,
From Personality to Individuality, Número
14
“Eu
não interrompi o movimento sannyas, eu impedi
que ele se tornasse uma religião. Um movimento
é um fluxo, este é o significado de movimento
– ele está movendo, está crescendo. Mas uma
religião é morta – ela parou de se mover,
parou de crescer. Ela está morta. O único
lugar para ela é o crematório...
Todo sacerdote ou sacerdotisa quer uma religião
morta, porque ela é previsível. Tudo é apenas
um catecismo. Não há opinião, nem evolução
ou crescimento. Simplesmente veja o
cristianismo: dois mil anos se passaram – eles
avançaram pelo menos uma polegada além de
Jesus Cristo? Vinte e cinco séculos se passaram
desde Buda – os budistas deram um simples
passo à frente? Isto é destruir o crescimento
e a evolução.
Agora eu quero que meu povo permaneça aberto,
vivo, crescendo, sempre com frescor e renovado.
Isto mantém um novo tipo de fenômeno e
religiosidade: nenhum rótulo preso a ele,
porque todo rótulo é cheio de pontos de
parada. E eu não gosto de pontos de parada nem
mesmo de meio ponto. A vida está sempre em
curso.
Eu retirei o mala. Ele tem significância na Índia,
porque lá as roupas vermelhas e o mala têm
sido usados por milhares de anos por todas as
religiões como símbolo de um sannyasin. Eu
queria destruir essa idéia tradicional de
sannyas, porque os sannyasins têm que ser
celibatários, não podem tocar uma mulher, nem
falar com ela. O sannyasin não pode nem se
hospedar numa casa de família, tem que ficar
num templo. Ele tem que comer somente uma vez
por dia, tem que jejuar continuamente, repetidas
vezes. Ele tem que se torturar. Isto é uma doença.
Eu queria destruir esta imagem. Foi por isto que
escolhi a cor vermelha. E eu tive quase
trezentos mil sannyasins na Índia. Os meus
sannyasins criaram tremendo problema entre os
sannyasins tradicionais, pois não havia como
saber quem era quem. Meus sannyasins andavam
pela rua e as pessoas tocavam seus pés, não
sabendo que eles não eram celibatários; que
tinham suas namoradas. Eles comiam duas vezes
por dia e comiam tudo que fosse o melhor – não
importava se eram italianos, chineses ou
japoneses. Essas pessoas pertencem ao século
vinte e um, e os antigos sannyasins ficaram com
muita raiva porque eu destruí a imagem deles.
Com a nossa vinda para o Ocidente, agora, as
roupas vermelhas e o mala não são mais necessários,
porque aqui eles nunca foram símbolo de religião.
Eles cumpriram sua função na Índia. Eles
mostraram que um sannyasin pode estar com uma
esposa, com filhos, que ele não precisa ser um
parasita da sociedade, que pode trabalhar,
criar, ganhar seu dinheiro e não precisa ser
reverenciado.
E mais especificamente, você está agora mais
liberado de todos os símbolos externos. Tudo o
que ficou é o centro essencial da
religiosidade, da jornada interior, que somente
você pode fazer. Eu não posso fazer isto por
você, ninguém pode fazer isto por você.
Assim, agora ficou apenas a qualidade essencial,
a qualidade mais fundamental da religiosidade:
que é a meditação...
Agora você não tem mais qualquer símbolo
externo, e isso é bom, pois se quiser ser um
sannyasin, somente uma coisa você terá que se
lembrar: como entrar na disciplina do
testemunhar. Se não for assim, existe a
possibilidade de que usando roupas vermelhas e o
mala, você fique completamente satisfeito de
que é um sannyasin. Você não é. Roupas não
fazem ninguém mudar, nem o mala leva ninguém a
passar por uma transformação. Mas você pode
enganar a si mesmo.
Agora eu estou tirando tudo isto de você, e
deixando apenas uma coisa simples. Você não
conseguirá enganar: ou você faz ou não faz.
Sem fazer, você não é sannyasin. Assim o
movimento chegou ao seu mais puro estado, ao estágio
mais essencial, ele não foi abandonado”.
Osho,
From Bondage to Freedom, Número 17
“A
questão não é ser meu sannyasin, a questão
é ser um sannyasin.
“Para ser meu sannyasin certamente é preciso
um certo comprometimento, uma certa entrega. E
eu não quero que você se entregue a mim, ou
que esteja comprometido comigo. Eu quero que você
se entregue à natureza e se comprometa com a
existência. Você não precisa ser meu
sannyasin, você simplesmente tem que ser um
sannyasin – e esta é a única maneira de ser
meu sannyasin”.
Osho,
Beyond Psychology, Número 15
“Agora,
o sannyas será um movimento totalmente
diferente: ele será para buscadores mais autênticos.
Ele não será para quem só quer mudar a
sociedade porque está aborrecido com ela. Ele
quer uma sociedade alternativa e por isso se
junta a uma comuna sannyas como sendo uma
sociedade alternativa – mas ele não tem
nenhum desejo e nenhum anseio pela verdade.
Só porque nesta sociedade as pessoas estão
usando roupas vermelhas – e ele não quer
parecer desagradável, esquisito, estranho –
ele começa a usar roupas vermelhas e se torna
um sannyasin. Mas a realidade é que ele está
apenas escapando do mundão, onde ele estava
completamente entediado e não tinha outro lugar
para ir. A comuna tornou-se um abrigo para todo
tipo de gente.
Agora, o sannyas será uma escola - uma escola
de mistérios. Somente aqueles que querem
crescer e se transformar estarão se juntando a
ela. E existem milhões de pessoas que querem
uma consciência maior em seu ser, que sentem
que estão sonolentos e inconscientes.
Assim, não se preocupe se alguns sannyasins
mais antigos desaparecerem; outros novos, com
sangue fresco estarão chegando”.
Osho,
The Path of the Mystic, Número 37
Osho,
Você parou de iniciar pessoas no sannyas e
criar discípulos? Eu estou privado de me tornar
seu discípulo?
“Um
discípulo não é feito, a pessoa tem que se
tornar um. Quando você ama alguém, primeiro
lhe pede? Primeiro você pede permissão à
pessoa? O amor simplesmente acontece. Ele nem
obedece nem pede qualquer permissão, ele não
acredita em nenhum modo ou método.
O que é discipulado?
É o mais elevado e o mais profundo nome do
amor. Se você quer amar-me, como eu posso
impedi-lo? Se os seus olhos se enchem de lágrimas
de amor por mim, como eu posso impedi-lo? E se
você mergulha naquilo que eu chamo meditação,
como eu posso impedi-lo? Qualquer um que queira
se tornar um discípulo, ninguém pode
impedi-lo. E é por isto que abandonei todas as
formalidades que havia para alguém se tornar
discípulo, porque agora eu quero apenas aqueles
que estão vindo em minha direção por livre e
espontânea vontade – não através de outra
rota. Agora, toda a responsabilidade é sua.
Por exemplo, nós ensinamos os alunos do
primeiro grau (na Índia): a é
para apple, g é
para Ganesh. Na verdade,
antigamente o g era usado para Ganesh
e agora é usado para gadha, o
jumento. Este é um estado secular. Aqui não é
apropriado que a palavra Ganesh
apareça num livro escolar. Mas nem Ganesh
tem a ver com g nem Gadha.
Isto é apenas uma maneira de ensinar a uma
pequena criança. A criança acha o Ganesh
ou o jumento mais interessante. Ela não vai ter
nenhum interesse pela letra g.
Pouco a pouco gadha será
esquecido, Ganesh será esquecido
e somente o g permanecerá,
somente o g será usado.
Se você continuar tendo que ler a
para apple e g para Ganesh,
com o tempo você entrará na universidade e não
haverá como estudar. Mesmo para ler uma frase
completa será impossível. E depois de lê-la
ficará difícil entender qual é o seu
significado, pois quem vai saber quantos
jumentos, Ganesh e mangas haverá numa frase?
Existem desenhos nos livros escolares das crianças:
desenhos coloridos, grandes desenhos e umas
poucas letras. E na medida em que a criança
passa para uma série mais adiantada, os
desenhos vão se tornando menores e as letras
ocupam mais e mais espaços. Aos poucos, os
desenhos vão desaparecendo completamente e
somente as letras permanecem. Na universidade não
existem desenhos, apenas as letras, o akshar.
A nossa palavra akshar é também muito
querida. Ela significa aquilo que nunca pode ser
destruído. Assim, Ganesha pode ser
destruído, gadhas pode ser destruído,
mas o akshar sempre permanecerá. Ele
nunca cessa.
Assim, quando comecei, eu tive que iniciar as
pessoas ao sannyas e tive que fazer discípulos.
Mas, por quanto tempo alguém consegue brincar
com a piada dos gadhas e Ganeshas;
maçãs e abacaxis? Agora, o sannyas amadureceu.
Agora, as formalidades não têm mais um lugar
importante.
Agora, se você está nesse amor, torne-se um
discípulo. Isto não é algo nem mesmo para se
falar a respeito. Agora, nem mesmo precisa
deixar que os outros saibam: se este é o seu
sentimento, seja um sannyasin. Agora, toda a
responsabilidade é sua. Este é o indício de
ser maduro. Por quanto tempo eu poderei caminhar
ao seu lado, segurando suas mãos? Antes que
minhas mãos sejam removidas, eu mesmo tenho que
largar as suas mãos, de modo que você possa
estar erguido sobre seus próprios pés –
confiando em suas próprias mãos, em sua própria
responsabilidade – e andar.
Não, não há necessidade alguma de você parar
de se tornar um discípulo. Nem alguém pode
impedi-lo de se tornar um sannyasin. Mas agora
isto é sua decisão pessoal, de acordo com a
sede e o chamado de sua própria interioridade.
Eu estou com você, minhas bênçãos estão com
você, mas agora eu não lhe explicarei sobre o
tornar-se um sannyasin nem lhe pedirei para
meditar. Agora, eu apenas explicarei isso: o que
é meditação. Se apenas isto puder desencadear
uma sede em você, então medite. Agora, eu não
direi a você para amar. Eu apenas descreverei o
amor e tudo mais para você. Se nenhuma canção
crescer em seu coração – mesmo ouvindo a
descrição única e misteriosa do amor – então
nada virá de você, nem mesmo para cumprir um
mandamento. E se uma canção crescer, então
isto não é uma questão de dar e receber: então
você pode ser um discípulo, pode meditar, pode
se tornar um sannyasin, então você pode alcançar
a iluminação, pode alcançar o tesouro supremo
desta vida, aquilo que nós chamamos moksha,
a liberação suprema.
Mas, agora você tem que fazer tudo isto. Já se
foram os dias em que alguém lhe dava um empurrão
por trás. Agora, você está completamente
livre. O seu próprio desejo, a sua própria
alegria, o seu próprio êxtase estão decidindo
os fatores”.
Osho,
The Diamond Sword, Número 8
Osho,
Depois de anos estando junto a
você, eu estou familiarizado com a relação
mestre-discípulo. Por favor, você poderia
comentar sobre a relação discípulo-discípulo?
“Não
existe tal coisa.
No
passado, discípulos criaram organizações.
Esse era o relacionamento deles: que 'nós somos
cristãos', que 'nós somos muçulmanos', que 'nós
pertencemos a uma religião, a uma fé, e porque
nós pertencemos a uma fé, nós somos irmãos e
irmãs. Nós viveremos pela fé e morreremos
pela fé’
Todas as organizações tiveram origem no
relacionamento entre discípulos.
Na verdade, dois discípulos não estão
conectados um ao outro, de jeito algum.
Cada discípulo está conectado com o
mestre em sua capacidade individual.
Um mestre pode estar conectado com milhões de
discípulos, mas a conexão é pessoal, não
organizacional.
Discípulos não têm qualquer relacionamento.
Sim, eles tem uma certa 'amistosidade', uma
certa amorosidade.
Eu estou evitando a palavra relacionamento
porque ela é comprometedora.
Eu não estou chamando isso nem mesmo de
amizade, mas de 'amistosidade', porque eles são
todos companheiros de viagem seguindo no mesmo
caminho, com amor ao mesmo mestre, mas eles se
relacionam através do mestre.
Eles não se relacionam um com o outro
diretamente.
Essa foi a coisa mais infeliz no passado: discípulos
organizaram-se, relacionando-se, e todos eles
eram ignorantes. E pessoas ignorantes só
conseguem criar mais chatice no mundo do
qualquer outra coisa. Todas as religiões têm
feito exatamente isso.
Meu povo está relacionado
comigo individualmente. E por eles estarem no
mesmo caminho, certamente eles se tornam
conhecidos entre si. Uma 'amistosidade' surge,
uma atmosfera amorosa, mas eu não quero chamar
isto de qualquer tipo de relacionamento.
Nós já temos sofrido demais
devido ao relacionamento direto de discípulos
entre si, criando religiões, seitas, cultos, e
depois brigando. Eles não conseguem fazer nada
mais.
Pelo menos comigo, lembre-se disso, você não
está se relacionando com nenhum outro, de jeito
algum.
Apenas uma 'amistosidade' líquida, não
uma amizade sólida, é suficiente e muito mais
bela, sem qualquer possibilidade de causar danos
à humanidade no futuro”.
Osho,
Beyond Enlightenment, Número 2
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Certamente
a iniciação significa que você deu um passo
dentro de uma vida perigosa. Você me aceitou
como seu amigo na escuridão e me deu suas mãos
com grande confiança. Mas eu nunca aceitei um
cheque assinado em branco e nunca usei ou mesmo
interferi na vida de quem quer que seja. Isto é
apenas da sua parte – eu estou totalmente fora
disso. A iniciação é sua e é sua a
iniciativa de oferecer a sua vida para ser
transformada. Toda a ação e responsabilidade
é sua”.
Osho,
The New Dawn, Número 30
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“Não
importa que você tenha se tornado um sannyasin;
isto não vai mudar coisa alguma, a não ser que
o seu sannyas desencadeie um estado meditativo
em você.
Sem meditação não há sannyas.
Isto é apenas a sua consciência crescendo e se
elevando – pouco a pouco se movendo além da
gravitação das coisas mais baixas – e isto
fará de você um sannyasin”.
Osho,
The Great Pilgramage, Número 11
“Um
sannyasin não precisa sê-lo oficialmente.
Qualquer buscador, alguém em busca da verdade
é um sannyasin. E um sannyasin não precisa ser
meu. Um sannyasin não é um seguidor, mas no máximo
um companheiro de viagem. Se você está
buscando e procurando pela verdade, pelo sentido
e significado da vida, isto é o suficiente”.
Osho, Hari Om Tat Sat,
Número 17
“O
dia em que você é iniciado no sannyas não é
necessariamente o início do sannyas. É apenas
a sua indicação de que, ‘eu estou querendo
esperar que o sannyas aconteça para mim.’
Iniciação é apenas você dizendo sim
para a existência, e abrindo todas as suas
portas e janelas para que a brisa fresca e o sol
entrem e limpem você e o tornem parte do todo.
Algum dia o sannyas começará. Ele pode começar
no momento da iniciação, se a sua intensidade,
integridade, se a sua confiança e seu amor
forem totais, mas raramente é assim. Sempre é
sessenta por cento, quarenta por cento, setenta
ou trinta por cento. Existem pessoas que têm
noventa e nove por cento de confiança, mas
aquele um por cento de dúvida é suficiente
para impedir... Anos ou mesmo vidas. A não ser
que você esteja cem por cento aberto, a não
ser que a palavra não tenha sido
abandonada de seu vocabulário, a grande revolução
do sannyas não acontecerá para você...
O sannyas precisa de um sim total e então
ele pode acontecer neste exato momento. Mas a
sua pequena dúvida – ela pode ser muito
pequena – é como uma pequena areia em seus
olhos, e você não consegue abrir os olhos. Só
um pequenino grão de areia pode impedi-lo de
ver todo este belo mundo. A dúvida é
exatamente como um pequenino grão de areia em
seu olho interior. Ele pode impedi-lo de ver o
esplendor e a glória da vida, o seu próprio
potencial e suas próprias flores que têm
esperado por vidas para crescer e desabrochar,
mas você não lhes tem dado chance”.
Osho, Om Shantih Shantih
Shantih, Número 26
Osho,
Quais são os pré-requisitos para ser um discípulo?
Nenhum,
absolutamente.
Um coração aberto, um coração amoroso, uma
profunda confiança em si mesmo e nada mais é
preciso. Você não tem que se entregar a algum
mestre, não tem que venerar algum Deus e nem
tem que fazer alguma prece para alguma hipotética
divindade. Você não tem que ir a templos e
igrejas feitos pelo homem para encontrar aquilo
que está escondido dentro de você.
Um discípulo é a semente de um mestre. O discípulo
também é uma flor de lótus, apenas você está
olhando para algum outro lugar e não para
dentro de si mesmo”.
Osho, Live Zen, Número 7
“Eu
não quero alguém sendo monge, eu quero que você
esteja no mundo. A meditação não precisa ser
feita vinte e quatro horas por dia; meditação
é apenas um pequeno vislumbre – e depois vá
fazer o seu trabalho. Pouco a pouco, esse
vislumbre começará a irradiar em suas ações,
em seus silêncios, em suas canções, em suas
danças.
Não há necessidade alguma de desperdiçar
vinte e quatro horas e tornar-se um parasita. E
quando você se torna um parasita da sociedade,
não pode se rebelar contra ela. Você não pode
dizer uma simples coisa contra qualquer superstição.
O meu povo pode ser sannyasin e ao mesmo tempo
totalmente rebelde, porque não depende de ninguém.
A meditação deles é uma questão pessoal”.
Osho, The Buddha: The
Emptiness of the Heart, Número 6
“O
sannyas não precisa ser uma coisa externa,
apenas o anseio por ele já é o bastante”.
Osho, Christianity: The
Deadliest Poison, Número 7
Osho,
Bem, o que significará ser um sannyasin no
futuro, deste dia em diante?
“Desta
data em diante, ser um sannyasin simplesmente
significará que ele está iniciado nas técnicas
de meditação aqui, e que faz um compromisso
consigo mesmo de que seguirá o caminho.
Mas, isto será individual, só. Ele será
responsável por si mesmo. (O sannyas) não será
uma coletividade, uma congregação”.
Osho, The Last Testament,
Vol. 3, Número 8
“Sannyas
simplesmente significa que eles aceitaram um
caminho de meditação e uma vida de alegria e
contentamento. É aceitar criar sua vida em
felicidade. Assim, o sannyas é uma coisa
totalmente diferente. Os sannyasins continuarão.
Eu dispensei todos os símbolos externos dos
sannyasins. Se eles quiserem mantê-los, isso é
com eles. Da minha parte, eu dispensei. Eles não
precisam de qualquer mala. Eles não precisam de
roupas vermelhas. Tudo o que eu gostaria - o meu
conselho para eles - é que se você é um
sannyasin, a meditação é a única coisa
essencial que você deve carregar”.
Osho, The Last Testament,
Vol. 3 – Número 11
“Eu
tirei dos sannyasins tudo o que fazia deles
distintos. Eu lhes disse, ‘Agora, não é
necessário usar roupas vermelhas. Todas as
cores são nossas. Não há necessidade de usar
um mala com minha foto, porque eu não sou seu
salvador ou profeta ou mensageiro.’
Eu não tenho Deus algum para oferecer a você.
Eu apenas posso lhe oferecer a ciência do
conhecer a si mesmo. Assim, você simplesmente
tem que entender que sou apenas um amigo, não
mais que isto. Eu sou um entre vocês, por isto
não há necessidade alguma de adoração e não
precisa pensar em si mesmo como parte de uma
coletividade. Vocês são todos indivíduos”.
Osho, The Last Testament,
Vol. 3, Número 12
“Eu
tenho me esforçado para abandonar tudo o que é
externo, de maneira que só o mais interno
permaneça para você explorar.
Se não for assim, a mente humana é muito
imatura... Ela começa a se agarrar a todos os símbolos
externos. Isto aconteceu com todas as religiões
no mundo.
Eu quero que meu povo compreenda isto
claramente. Nem as suas roupas, nem as suas
disciplinas externas, nem qualquer coisa que lhe
tenha sido dado pela tradição e que você
tenha aceitado como crença irá ajudar.
A única coisa que pode criar uma revolução em
você é ir além da mente, no mundo da consciência.
Exceto isto, nada é religioso.
Mas para começar em um mundo que é muito
obcecado pelas coisas externas, eu tive que começar
o sannyas também com coisas externas. Mude suas
roupas para laranja, use um mala e medite. Mas,
a ênfase estava sempre na meditação.
Mas eu descobri que as pessoas podem mudar suas
roupas muito facilmente, mas elas não conseguem
mudar suas mentes. Elas podem usar o mala, mas
elas não conseguem se mover para dentro de suas
consciências. E porque eles estavam com roupas
laranjas, usando um mala e tendo um novo nome,
elas começaram a acreditar que elas haviam se
tornado sannyasins.
O sannyas não é tão barato assim. Então,
este é o tempo e vocês estão maduros o
bastante. Aquela fase inicial está terminada.
Eu não quero que meu povo esteja perdido em
coisas não-essenciais. No começo era necessário.
Agora, após anos ouvindo-me, compreendendo-me,
vocês estão numa posição de se livrarem de
todas as prisões externas. E pela primeira vez,
vocês podem ser verdadeiramente sannyasins,
somente se estiverem se movendo para dentro”.
Osho, The Last Testament,
Volume 6, Número 12
“O
movimento sannyas não é meu. Ele não é de
vocês.
Ele estava aqui quando eu não estava. Ele estará
aqui quando eu não estiver.
O movimento sannyas simplesmente significa o
movimento de buscadores da verdade.
Eles sempre estiveram aqui.
Sempre existiu uma fileira de buscadores da
verdade. Eu chamo isso sannyas. Isso é eterno.
Isso é sanatan. Isso nada tem a ver
comigo. Milhões de pessoas contribuiram para
isso. Eu também contribuí com meu próprio
compartilhar.
Ele continuará se tornando cada vez mais rico.
Quando eu tiver partido, haverá mais e mais
pessoas chegando, e fazendo com que ele fique
mais rico.
Um dia eu partirei. Isto não significa que o
movimento sannyas acabará. Ele não pertence a
ninguém.
Eu não posso lhe dar a verdade, mas posso lhe
mostrar a lua... Por favor, não se apegue ao
meu dedo que está lhe mostrando a lua. Este
dedo desaparecerá; A lua permanecerá e a busca
continuará. Enquanto houver um simples ser
humano sobre a terra, as flores do sannyas
continuarão desabrochando.
Primeiro, eu sou o único homem em toda a história
que lhe deu individualidade. Os chamados gurus
estiveram fazendo exatamente o oposto: eles
estiveram tirando a sua individualidade. Todo o
esforço deles era para que você se entregasse
a eles. A sua função era apenas tocar-lhes os
pés e receber as suas bênçãos. Meu esforço
é totalmente diferente. Você não consegue
receber qualquer bênção só por tocar os pés
de alguém. Ao contrário, você está tornando
aquele homem mais doente e egoísta.
O ego é o câncer da sua alma. Não torne ninguém
doente. Tenha compaixão. Nunca toque os pés de
ninguém...
Meu esforço é para tirar todas as tradições,
ortodoxias, superstições e crenças de sua
mente de modo que você possa alcançar um
estado de não mente, o estado supremo de silêncio,
onde nem mesmo um pensamento se move. Nem mesmo
uma ondulação no lago de sua consciência.
E a coisa toda tem que ser feita por você. Eu não
estou dizendo, ‘Simplesmente siga-me, eu sou o
salvador. Eu salvarei você.’ Tudo isso é
repulsivo. Ninguém pode salvá-lo, a não ser
você mesmo. E a independência espiritual é a
única independência que merece ser chamada de
independência”.
Osho, Last Testament,
Vol. 6. Número 14
A
Mensagem Final a respeito de Malas para a
Academia de Iniciação, em 1989.
Osho
enviou uma mensagem para a Academia de Iniciação
dizendo que não havia mais necessidade de se
usar malas. O sannyas diz respeito a ir para
dentro e nada tem a ver com o exterior.
Algumas pessoas ficaram chateadas, e o assunto
foi levado ao Osho novamente. A sua resposta,
passada de novo à Academia, foi: “Se você
tiver que usar o seu mala, então que seja em
casa apenas em meditação”.
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Nota:
Todos os textos foram traduzidos por Sw. Bodhi
Champak
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