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Conhecer
a Verdade é
Experienciar a Existência como ela é
"Experienciar a Existência como ela é, é conhecer a
Verdade.
E o mais perto disto é
mover-se para seu próprio centro, porque é aí onde você
vai se encontrar com a Existência.
Suas mãos podem tocar uma
flor, seus olhos podem ver as cores das nuvens, do céu, do
pôr do sol. Seus ouvidos podem escutar a música dos pássaros,
o som da água correndo ou só da brisa passando através
das árvores. Ou, no outono, as folhas caindo
silenciosamente, mas ainda cochichando algo.
Mas, há uma distância entre
você e a nuvem, entre você e as folhas que caem, entre você
e as estrelas.
Independe o tanto que você
se aproxima: há, ainda, uma distância.
A própria palavra
proximidade significa duas pessoas, duas coisas, não uma.
A distância está aí, seja
qual for a proximidade, quanto mais perto você fica em um
caso de amor com uma pessoa: talvez por alguns momentos, eu
não direi por algumas horas, alguns dias, talvez por alguns
momentos você se aproxima ao máximo de uma pessoa mas
ainda... há uma distância.
Você gostaria de se tornar
um, e essa é a miséria de todos os amantes e a razão pela
qual todos os casos amorosos fracassam. Isso não é culpa
de ninguém. Eles chegam próximo... o momento da
proximidade é tão lindo que eles gostariam de chegar ainda
mais próximo, mas existe um limite. Onde está o limite? O
outro é o outro e não existe jeito de vocês dois se
tornarem um.
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Você pode ir de uma estupidez para outra estupidez, mas
se você falhar no amor... e falhar no amor significa não
aquilo que ordinariamente significa, que o amado ilude você
ou que o amante desaponta você: não, isto não é
fracasso.
De fato, se sua amada ilude
você antes do fracasso, isto é evitar o fracasso. Quer
dizer, com isto ela salvou você: ela lhe deu novamente a
esperança. Agora, você vai correr atrás de outra
mulher.
Por fracasso quero dizer:
quando você alcança o ponto em que você gostaria de
fundir com o outro e, de repente, você encontra uma lei
universal contrária à fusão: os corpos podem se
encontrar, os Seres não.
E, naquele momento, ou você
fica azedo e amargo contra o amor: que é como todas as
religiões ficaram, amargas e azedas contra o amor: mas
isto é falsa religião.
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Não,
eu não vejo que você tenha que se tornar azedo e amargo.
Na verdade,você deveria estar em êxtase, porque
encontrou uma lei muito fundamental da Vida: - que
você chegou em um ponto a partir do qual, voltar-se para
dentro é possível.
Não há outro lugar algum
para ir. Você pode voltar-se para si mesmo.
Se isso acontece, então
você diz: "O outro é Céu, não Inferno."
Então você pode mudar
aquela afirmativa, porque o outro tornou isto possível a
você: falhar na fusão, no derreter deu a você a chance
de voltar-se para dentro de si. Você será agradecido
para sempre.
Então o outro é Céu. E,
uma vez que você entrou dentro do seu Ser você entrou no
Templo. E isto é o que a Religião é, inteira, este
entrar em você mesmo é o crescimento absoluto. Você, de
repente, floresce.
Não é um crescimento
gradual e lento, não. A palavra crescer dá uma impressão
errada como se fosse lenta, lentamente...
Não, é um florescimento
repentino. Num momento você era nada, noutro momento...
um salto quântico, você é tudo.
Porque você experimentou
seu Ser e aquele Ser é exatamente o mesmo que o Ser do
universo. Mas aquela é a única porta disponível. Não há
outra porta.
Nenhuma igreja pode ajudar
você! Nenhuma sinagoga pode ajudar você, nenhum templo
pode ajudar você!
Há somente uma única
porta que pode ajudar você, e ela está dentro de você.
Aproveitando um salto para
dentro de você mesmo você mergulhou dentro da Existência.
Neste momento você sente
uma tremenda unidade com o Todo.
Então você não está
mais solitário. Porque não há ninguém que seja outro,
além de você. Há somente você, expandido em todas as
direções, em todas possíveis manifestações. É você
florescendo na árvore. É você movendo em uma nuvem
branca. É você no oceano, no rio. É você nos animais,
nas pessoas.
E isto não é algo que você
tenha que projetar ou pensar.
Isto é o que as falsas
religiões tem estado fazendo. Elas dizem para você:
"Pense que você é um com o todo: Concentre,
discipline sua mente a acreditar que você é um com o
todo."
Sim, se você tentar
duramente você pode começar a acreditar nisto: que você
é um como o todo, mas isto será simplesmente uma crença.
(...)
Ou seja, eu não falo para
você começar a pensar em termos de que tudo é divino, e
que tudo é Deus: isto é lixo. Nunca
comece por algo que é basicamente uma crença.
Basta aproveitar o salto
para dentro de si mesmo, e não me pergunte o que você
vai encontrar aí. Porque se eu disser a você o que você
vai encontrar, imediatamente você começará a se
hipnotizar para isto. Então você encontrará isto, mas não
será uma coisa verdadeira. Será só uma alucinação.
Basta aproveitar o salto
para dentro de si e você chegará a saber, você chegará
a sentir, você chegará a experienciar.
Religião é experienciar a
Verdade. O homem precisa da Religião, ela é o luxo
conclusivo, o luxo irrevogável; abaixo está o amor.
E eu tenho ensinado amor o
suficiente para que você possa chegar ao momento crucial
onde você sinta que o outro é Inferno: por ser este o
ponto do voltar-se para si.
Sartre precisava de alguém
para lhe dizer, que: "O outro é Inferno. E você?”
Você tem tentado, tão
inflexível, se tornar um com o outro, porque não tentar
um pouco ser um com você mesmo?
Porque isto não vai ser
difícil. Você já é um com você mesmo:você só
precisa olhar para dentro. Um pequeno voltar-se para
dentro e tudo acontece.
Mas, aí, você não é
cristão, nem hindu, nem muçulmano, nem judeu: você é
simplesmente religioso.
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OSHO
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(excertos de) From Unconsciousness to Consciousness – cap. 27 – pergunta 1
Tradução: Sw. Sambodh (Marcelo Innecco)
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