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Conexão
Brasil julho de 2006 |
A
iluminação do Osho
Para Osho não havia escapatória, não havia
atalhos. Ele sabia muito bem que estava diante de um
momento muito crucial em sua vida e que poderia pirar, por
uma falta de atenção, ou se perdesse a paciência, ou se
lhe faltasse a coragem. De novo, foi a ausência de um
mestre que criou esta situação tão crítica. A sua
busca foi longa e árdua, mas ele não conseguiu encontrar
nenhum. ‘É muito raro encontrar um mestre’,
ele confidenciou.
“‘É raro encontrar um ser que tenha se tornado
um não-ser, raro encontrar uma presença que é quase uma
ausência, raro encontrar um homem que é simplesmente uma
porta para o divino, uma porta aberta para o divino que não
irá impedi-lo, através da qual você poderá passar. É
muito difícil… Sim, algumas vezes acontece que a pessoa
tem que trabalhar sem um mestre. Se o mestre não está
disponível, então a pessoa tem que trabalhar sozinha,
mas neste caso a jornada é muito perigosa.”
Esta situação tremendamente intensa e desafiadora
durou todo um ano. Ela colocou Osho no mais difícil
estado da mente. Ele fez uma descrição do que aconteceu
com ele durante esse período.
“Por um ano foi quase impossível saber o que
estava acontecendo… Manter-me vivo simplesmente já era
uma coisa difícil, porque todo o meu apetite desapareceu.
Os dias passavam e não sentia fome alguma e não sentia
sede. Eu tinha que me forçar a comer e a beber. O corpo
era tão não-existencial que eu tinha que me machucar
para sentir que ainda estava no corpo, eu tinha que bater
em minha cabeça para sentir se ela ainda estava ali ou não.
Só quando doía eu me sentia um pouco no corpo.
Toda manhã e toda tarde eu corria de oito a doze
quilômetros. As pessoas achavam que eu tinha
enlouquecido. Por que eu estaria correndo tanto? Vinte e
quatro quilômetros num dia! Era apenas para eu me sentir,
para não perder o contato comigo mesmo... Eu não
conseguia falar com ninguém porque tudo havia se tornado
tão inconsistente que até mesmo formular uma frase era
difícil. No meio da frase eu me esquecia do que estava
dizendo, no meio de um caminho eu me esquecia para onde eu
estava indo. Daí, eu tinha que voltar...
Eu tive que permanecer fechado em meu quarto. Eu
decidi não falar, não dizer coisa alguma, porque se
dissesse algo, era o mesmo que dizer que eu estava
louco.
Por um ano isso persistiu. Eu simplesmente me
deitava no chão, olhava para o teto e contava de um até
cem e depois de cem até um. Manter a capacidade de contar
era pelo menos alguma coisa. Repetidas vezes eu me
esquecia. Levou um ano para que eu recuperasse o foco
novamente, para que voltasse a ter uma perspectiva.
Não havia ninguém para me dar um suporte, ninguém
a me dizer para onde eu estava indo e o que estava
acontecendo. Na verdade, todo mundo era contra… meus
professores, meus amigos, os que me queriam bem.”
Durante esses tempos difíceis, Kranti cuidou muito
do Osho e tomou conta de todas as suas necessidades com
amor e dedicação. Kranti era sua prima. Muitas vezes
Osho reclamava de acentuadas dores de cabeça, o que
trazia grandes preocupações para ela. Ela e seu irmão
Arvind quiseram muito fazer algo para encontrar uma cura
para as sofridas dores de cabeça do Osho. Mas ele lhes
dizia amorosamente para não se preocuparem, pois nada
poderia ser feito a respeito daquelas dores.
O pai de Osho também falou a respeito dessas dores
de cabeça. Certa vez a dor se tornou tão aguda que
Kranti e Arvind enviaram uma mensagem urgente para
Gadarwara e Dada teve que correr para Jabalpur. Dada
pensava que as dores de cabeça eram causadas pelas longas
leituras que Osho costumava fazer. Ele lembrou como Osho,
em Gadarwara, simplesmente ficava fazendo aplicações de
bálsamo em sua testa para acabar com a dor, mas sem
interromper suas leituras. A mãe de Osho também se
recordou de um antigo incidente quando Osho teve uma
tormentosa dor de cabeça e o sangue começou a escorrer
pelo seu nariz. Ela ficou preocupada, mas felizmente,
depois de um tempo o sangue estancou. Mas as dores de cabeça
daqueles anos de faculdade não pareciam estar
relacionadas com esse seu hábito de leitura. Ao invés
disso, elas eram devido ao estado psicológico pelo qual
Osho estava passando.
Vendo suas condições físicas e psicológicas, a
família começou a suspeitar que devia ser verdadeira a
previsão do astrólogo de que Osho iria morrer aos vinte
e um anos. Eles o levaram de um médico a outro. Só Osho
sabia que esse esforço desesperado não tinha sentido.
Ele insistia que não havia necessidade de ser examinado
por um médico, porque nenhuma medicação iria lhe fazer
bem. Osho descreve uma notável visita a um médico:
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“Eu fui levado também a um vaidya, um médico. Na
verdade eu tinha sido levado a muitos médicos, mas apenas um
vaidya Ayurvédico disse ao meu pai: ‘ele não está doente. Não
desperdice o seu tempo’. Naturalmente, eles estavam me
arrastando de um lugar a outro. E muitas pessoas me recomendavam
medicações, mas eu dizia ao meu pai, ‘Por que você está
preocupado? Eu estou perfeitamente bem.’ Mas ninguém
acreditava no que eu estava dizendo. Eles diziam. ‘Fique
quieto e tome a medicação. O que há de errado nisto?’ Então,
eu tomei todo tipo de medicação.
Apenas um vaidya era um homem de insight. Seu nome era
Pundit Bhagirath Prasad… Aquele velho médico já se foi, mas
ele era um raro homem de insight. Ele olhou para mim e disse,
‘Ele não está doente. E começou a chorar e a dizer, ‘Eu
tenho buscado por este estado em toda a minha vida. Ele é
afortunado. Nesta vida eu perdi essa oportunidade. Não o leve a
mais ninguém. Ele está chegando em casa’. E ele chorou lágrimas
de felicidade.
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Osho - dias antes da
iluminação
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Ele tornou-se o meu protetor contra os médicos. Ele
disse ao meu pai, ‘Deixe ele comigo. Eu cuidarei dele.’ Ele
nunca me deu qualquer medicação. Quando meu pai insistia, ele
me dava pílulas de açúcar e dizia. ‘Estas pílulas são de
açúcar. São apenas para consolá-los. Você pode tomá-las.
Elas não lhe farão nenhum mal, mas também nenhuma ajuda. Na
verdade, não existe ajuda possível.”
A leitura física das condições do Osho estava correta,
porque seu mal não era comum, ele não era um paciente ordinário.
Osho conhecia suas condições e suas causas melhor do que
qualquer médico experiente.
“Agora, aquilo estava além de mim, já estava
acontecendo. Eu tinha feito alguma coisa.
Sem saber, eu tinha batido na porta. Agora a porta estava
aberta. Eu havia meditado por muitos anos, simplesmente me
sentando silenciosamente e nada fazendo. Pouco a pouco eu
comecei a entrar naquele
espaço, aquele espaço do coração, onde você está, sem
fazer coisa alguma; você simplesmente está ali, uma presença,
um observador.”
A intensidade das meditações de Osho continuou a se
aprofundar. Suas experiências estavam levando-o a uma grande
explosão. De todas as meditações que ele costumava fazer, uma
era particularmente poderosa, a que ele costumava fazer no topo
de uma árvore. Uma fascinante experiência ocorreu em Saugar,
em Madhya Pradesh, aproximadamente um ano antes que o grande
feito acontecesse. Enquanto cursava a faculdade em Jabalpur,
Osho foi convidado a participar de um debate patrocinado pela
Universidade de Saugar. Osho esteve ali por três dias e ele
descreve o que aconteceu:
“Eu costumava sentar-me numa árvore e meditar à
noite. Muitas vezes eu sentia que quando eu meditava sentado
no chão, o meu corpo ficava com muito poder e eu tinha que
ficar com as mãos para cima, talvez porque o corpo é feito com
a matéria terra. O que se fala a respeito de iogues indo para
os topos das montanhas ou para as alturas do Himalaia,
certamente não é em vão, mas definitivamente baseado em princípios
científicos. Quanto maior a distância entre o corpo e a terra,
menor fica a força ou pressão física do corpo... E o poder da
força interior aumenta. É por isto que eu costuma trepar em árvores
altas e me absorvia em meditação por horas, toda noite.
Uma noite, eu estava tão entregue à meditação que eu
não sabia que meu corpo havia caído da árvore. Eu olhei com
desconfiança quando vi meu corpo deitado no chão. Eu estava
surpreso com o acontecido. Eu não conseguia entender como
aquilo aconteceu, pois eu estava sentado na árvore e meu corpo
estava deitado no chão. Era uma experiência muito embaraçosa.
Uma linha luminosa, uma corda brilhante prateada partia do
umbigo do meu corpo e unia a mim no alto, onde eu estava
empoleirado na árvore. Aquilo estava além da minha capacidade
de entender, ou prever o que iria acontecer depois, e eu me
preocupei a respeito de como eu iria retornar ao corpo. Por
quanto tempo aquele transe durou, eu não sei, mas aquela era
uma experiência única que eu nunca tinha tido antes.
Naquele dia, pela primeira vez, eu vi o meu corpo de fora
e, desde então, a mera existência física do meu corpo findou
para sempre. Desde aquele dia, também a morte deixou de
existir, porque eu experienciei então que o corpo e o espírito
são duas coisas diferentes, separados um do outro. Aquele foi o
momento mais importante: a minha percepção do espírito que
está no interior de todo corpo humano.
É realmente muito difícil dizer quanto tempo durou
aquela experiência. Quando a manhã chegou, duas mulheres de
algum povoado da vizinhança passaram por ali carregando leite e
viram o meu corpo. Do topo da árvore, onde eu estava sentado,
eu as vi olhando para o meu corpo. Elas aproximaram-se e
sentaram-se ao lado. Elas tocaram minha testa com as mãos e no
mesmo instante, como se por transparente força de atração, eu
retornei para meu corpo e os olhos se abriram. |
Osho - após a
iluminação
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Eu percebi que uma mulher consegue criar uma carga de
eletricidade no corpo de um homem e da mesma maneira um homem ao
tocar no corpo de uma mulher. Então eu ponderei sobre a coincidência
do toque da mulher em minha testa e meu imediato retorno ao meu
corpo. Como e por que tudo aquilo aconteceu? Muitas outras
experiências deste tipo ocorreram comigo e eu compreendi porque
na Índia aqueles espiritualistas que conseguem experimentos de
samadhi (um estado ininterupto de pura consciência) têm
mulheres a colaborar com eles. Se em profundo samadhi, o ser
espiritual, tejas sharira, sai do corpo físico do homem, ele não
consegue retornar ao corpo sem a cooperação e assistência de
uma mulher. Tão logo o corpo de um homem ou mulher entra em
contato, uma corrente é estabelecida e um círculo elétrico se
completa. E naquele exato momento, a consciência do espírito
que havia saído, retorna.
Depois disso eu experienciei este fenômeno seis vezes
num período de seis meses. Durante aqueles seis meses cheios
de
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eventos,
eu senti que a duração da minha vida reduziu-se em dez anos,
ou seja, se eu fosse viver setenta anos, agora, com aquelas
experiências, eu iria viver apenas sessenta anos. Tais experiências
extraordinárias, eu tive naqueles seis meses. Os pelos em meu
peito esbranquiçaram e eu não consegui compreender o
significado de todos aqueles acontecimentos. Então eu pensei e
percebi que toda conexão ou ligação que havia entre este
corpo físico e o ser espiritual estava interrompida e o ajuste
que havia naturalmente entre eles, estava rompido.”
Na medida em que Osho entrou mais
fundo nos mistérios da meditação, seus questionamentos
desapareceram. O seu fazer cessou, a sua busca chegou a um ponto
onde não havia mais aonde ir. Assim como aconteceu por ocasião
da morte de seu avô, Osho foi trazido ao seu centro, mas agora
isso era para sempre. Osho relata que bem no fundo existe o
vazio, não existe qualquer fazedor. Ele deixou a ambição, ele
não tinha desejo algum de se tornar alguém, ou de chegar a
algum lugar. Ele não se preocupava com Deus ou com nirvana. ‘A
doença do Buda havia desaparecido completamente...’,
disse Osho.
O momento oportuno havia chegado. As portas se abriram, o
amanhecer já não estava longe. Nas palavras do Osho:
“Um dia uma condição sem questionamento chegou. Não
é que eu tenha recebido uma resposta. Não. Ao invés disso,
todos os questionamentos simplesmente se desmontaram e um grande
vazio foi criado. Era uma situação explosiva. Viver naquela
condição era tão bom quanto morrer. E então, a pessoa que
estava fazendo as perguntas, morreu. Depois daquela experiência
de vazio, eu não tive mais perguntas. Todos os assuntos sobre
os quais as perguntas poderiam ser feitas, não mais existiam.
Depois disso, nenhum questionamento permaneceu.”
O próprio Osho não revelou o acontecimento da iluminação
para ninguém por quase vinte anos. A história apareceu mais
dramaticamente numa noite quando Osho estava morando nos
apartamento no Woodland em Bombaim. Kranti, a sua prima, era
muitas vezes indagada pelos amigos se ela sabia quando Osho se
iluminou. Ela não podia lhes dizer porque ela não sabia. Mas
sempre havia alguém novo perguntando a respeito disso, e ela
sentia um impulso de tentar saber isso do próprio Osho.
Finalmente, Kranti perguntou ao Osho a respeito de sua
iluminação:
“Na noite passada, 27 de novembro de 1972, a
curiosidade que eu carregava era tanta que se tornou incontrolável.
Aproximava-se das onze e trinta. Após tomar seu leite, Osho foi
para a cama. Eu também estava deitada na minha cama quando de
repente eu senti como se estivesse perguntando Osho quando ele
tinha alcançado a iluminação. Logo após ter me ocorrido esse
pensamento, eu lhe perguntei. ‘Quando você alcançou a
iluminação?’ Osho riu e disse, ‘Foi você mesma que se
sentiu inspirada a querer saber isto ou é porque as pessoas
ficam lhe perguntando?’
Eu disse, ‘Ambas as coisas são verdadeiras, por favor
me diga.’ Osho começou a rir novamente e disse, ‘Eu vou lhe
dizer em outra hora.’ Eu disse, ‘Eu quero saber exatamente
agora.’ Ele disse, ‘Comece a pensar e você saberá’.
Permaneci quieta por um tempo. Então, eu disse, ‘Eu
acho que você alcançou a iluminação com a idade de vinte e
um ou vinte e dois anos, quando você estava cursando o segundo
ano da Faculdade. Logo que eu mencionei isto, Osho disse um
pouco mais seriamente, ‘A idade era vinte e um e não vinte e
dois.’ Daí eu fiquei curiosa a respeito da data e do ano e
lhe perguntei.
Osho disse, ‘Foi no dia 21 de março de 1953.’ Depois
de algum silêncio, eu perguntei novamente, ‘Onde aconteceu?
Alguma coisa fora do normal aconteceu naquele dia?’
Osho disse, ‘Tente recordar, e você irá se lembrar de
tudo.’ Eu permaneci deitada em silêncio e lembrei-me de uma
noite, vinte anos atrás. Eu disse, ‘Aquela noite quando, de
repente, você disse que estava saindo e só retornou às três
horas.’
Osho disse, ‘Exatamente, foi precisamente naquela
noite.’ Eu não podia acreditar que o que eu tinha visto era
verdadeiro. E aqui estava Osho me dizendo que aquilo era mesmo
verdadeiro. Eu conseguia ver no passado? Tudo era montado por
ele. Ele estava fazendo tudo. Enquanto tais pensamentos estavam
gritando em minha mente, uma outra curiosidade surgiu: a que
hora da noite, onde, em que lugar Osho se iluminou?Imediatamente
eu lhe perguntei, ‘Onde você foi naquela noite?’
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Osho disse, ‘Ao Bhanvartal Garden.’ Em seguida ele
acrescentou, ‘ao jardim’ e eu me lembrei de uma árvore. Eu
disse, ‘Você foi ao jardim e sentou-se sob a arvore
ashoka.’
Ele disse, ‘Não, eu estava sob a árvore
maulshree.’ Então eu perguntei, ‘Uma vez que você estava
no jardim entre as doze e as três horas, a que horas da noite o
acontecimento teve lugar?’
Ele disse, ‘Recorde e você se lembrará.’ Eu fiquei
em silêncio por um momento e todas as cenas daquela noite começaram
a aparecer diante de meus olhos: como ele saiu de casa, como ele
me acordou suavemente e disse que estava saindo e que não sabia
quando iria retornar. Ele saiu logo após me dizer aquilo, e eu
fiquei acordada por toda a noite esperando o seu retorno.
Então, todo o acontecimento começou a se revelar para
mim. Eu pude até mesmo recordar-me de sua postura corporal:
mudra. De alguma forma eu pude perceber que o acontecimento deve
ter sido às duas horas. E logo que me veio esta idéia de duas
horas, eu falei com Osho.
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Osho - após a
graduação
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Ele disse, ‘Aconteceu exatamente às duas horas. Agora
você pegou tudo certo.’ De novo eu estava espantada, mas tão
alegre que foi impossível dormir. Várias vezes eu tinha a
sensação que estava acordando todo mundo e lhes contando o que
eu tinha ficado sabendo.”
O próprio Osho deu as seguintes razões para não
revelar a história de sua iluminação por quase vinte anos:
“ Muitas pessoas me perguntavam porque eu permaneci em
silêncio a respeito de minha iluminação ter ocorrido em 1953.
Por quase vinte anos eu nunca falei a este respeito com ninguém,
a não ser que alguém suspeitasse por si mesmo, a não ser que
alguém perguntasse por conta própria...’Eu sinto que alguma
coisa aconteceu com você. Eu não sei o que é, mas uma coisa
é certa: alguma coisa aconteceu e você não é o mesmo como nós
somos e você está escondendo isso.’
Naqueles vinte anos, não mais que dez pessoas me
perguntaram, e mesmo assim eu evitei-as o máximo que pude, a não
ser quando eu sentia que seu desejo era genuíno. Eu lhes
contava somente após eles prometerem manter o segredo. E todos
eles cumpriram. Agora, todos eles são sannyasins… Eu disse,
‘Esperem, no momento certo eu farei a declaração.’
Eu aprendi muito com os Budas do passado. Se Jesus
tivesse ficado quieto a respeito de ser o filho de Deus, teria
sido muito mais benéfico para a humanidade.”
Osho decidiu não fazer essa revelação até que ele
parasse de viajar pelo país, pois tornar isto conhecido
significaria um grande risco para a sua vida.
Tradução:
Sw. Bodhi Champak.
Este
texto foi enviado para o tradutor há uns 15 anos, sem a indicação
da fonte. As citações do Osho estão bem próximas, mas não
exatamente iguais a certos trechos constantes no livro
“Autobiografia de um Místico Espiritualmente Incorreto”, o
que pode sugerir apenas variantes nas traduções.
Caso
algum leitor conheça este texto e saiba a sua fonte, pedimos o
obséquio de informar ao Instituto Osho Brasil para fazermos o
devido registro. osho_brasil@uol.com.br
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Nishok
& Mradu |
Tantra
- O Caminho do Coração
Um trabalho de
burilamento nas relações, de interação
com o corpo, alma e emoções, trabalhando o
desenvolvimento da sensibilidade, afeição,
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