As
publicações de Osho no mundo
A edição em espanhol
da revista Osho Times, n° 2, apresentou uma matéria
interessante a respeito dos trinta anos de publicações
internacionais do Osho. Utilizamos grande parte das
informações contidas naquela revista e acrescentamos
alguns dados de nosso próprio arquivo. O resultado é a
matéria que a seguir apresentamos.
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Até o início de 1974, Osho estava estabelecido em
Bombaim, onde recebia discípulos e outros visitantes nos
apartamentos de Woodland. Com o progressivo aumento do
número de pessoas que chegavam até ele, oriundas das
várias partes do mundo, decidiu-se pela mudança para
Puna, onde a Fundação Osho Internacional adquiriu uma
chácara com espaço suficiente para Osho receber todas
essas pessoas e desenvolver seu trabalho. |
Foi nessa
época que tiveram início as primeiras publicações
internacionais dos discursos do Osho, em inglês. O
primeiro lançamento foi O Livro dos Segredos pela
editora Harper and Row, de Nova York. Em seguida, o mesmo
livro foi publicado pela Thames & Hudson de Londres,
Wilhelm Heyne, da Alemanha, Albin Michael, da França e a
Bompiani, da Itália. Centenas de milhares desse livro
foram vendidos rapidamente e Osho tornou-se um autor “best-seller”.
As editoras interessaram-se logo por publicar outros
títulos do Osho que tornou-se conhecido por milhares de
leitores ocidentais, os quais quiseram logo viajar para a
Índia para conhece-lo pessoalmente. Foi a explosão do
sannyas por todo o mundo.
Osho
nunca se ocupou pessoalmente de assuntos administrativos
da sua obra. Ao contrário, ele cedeu toda a sua
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propriedade
intelectual, seus direitos autorais, os direitos de usar
seu nome e imagem a uma organização pública sem fins
lucrativos: a Osho International Foundation. Esta
fundação ficou responsável pela gravação de seus
discursos em fitas cassete, sua transcrição em livros,
sua edição e ilustração, sua publicação,
compilações, etc.
Em 1981 Osho
mudou-se para os Estados Unidos e permaneceu em silêncio
por três anos. Nessa época ele já era uma figura
mundialmente conhecida, e seus livros estavam sempre
expostos na principais livrarias de todo o mundo. Seus
livros eram transcrições de suas falas diárias ao longo
de vários anos. Eram palestras proferidas para o grande
público e reuniões íntimas com pequenos grupos de
visitante, denominadas darshans.
Em 1984 Osho
voltou a falar em público e suas palestras passaram a ser
gravadas em vídeo com uma qualidade profissional muito
superior ao que havia no período inicial. O arquivo
físico das obras de Osho começou a crescer de forma
estupenda. Nas novas séries na América, os seus
discursos foram mais diretos e provocativos do que nunca,
o que alarmou a classe governante. As conseqüências
imediatas foram os cancelamentos de contratos por parte de
várias editoras.
Em 1985, Osho
foi preso e deportado por determinação do governo dos
Estados Unidos. Ele tentou estabelecer-se em mais de 20
países, tendo o seu ingresso ou a permanência impedida
pelos diversos governos sob a pressão da administração
Reagan. Em meados de 1986 Osho retornou a Bombaim e no
final daquele ano já estava novamente em Puna. Os
políticos, as igrejas e os meios de comunicação
utilizaram a ocasião de sua prisão e deportação dos
Estados Unidos para manipular a opinião pública com a
intenção de silenciar ou, pelo menos, desacreditar Osho
por completo. Em todo o mundo os editores retiraram os
livros de Osho de seus catálogos e abandonaram os planos
já programados de futuras publicações. Sem dar
importância à demanda crescente por parte dos leitores,
as livrarias devolviam às editoras os livros do Osho
existentes em seus estoques. Em pouco tempo, Osho
tornou-se um autor censurado e quase todas as editoras em
escala mundial cancelaram seus contratos com a Osho
International Foundation. Seus livros chegaram mesmo a
serem incluídos nas listas negras do Vaticano e de
vários estados totalitários.
Entre 1985 e
1994, os livros do Osho foram pouco a pouco desaparecendo
das livrarias, das bibliotecas e da memória do público.
Muita gente chegou a pensar que com a deportação dos
Estados Unidos e sua morte em 1990, o trabalho do Osho
teria se acabado.
Para assegurar a disponibilidade de seus livros,
foi criada uma nova operação editorial depois que Osho
retornou a Puna. “The Rebel Publishing House” foi o
nome sugerido por Osho para uma nova editora que teve base
na Alemanha, Índia e Austrália a qual publicou entre
1987 e 1991 mais de dois milhões de livros em primeira
edição. O propósito era completar a publicação de
todos os livros do Osho com capa dura. A lista desses
livros compreendia 250 títulos em hindi e 280 em inglês.
Paralelamente, Osho estimulou seus amigos e simpatizantes
a ocupar-se da publicação de seus livros em diversos
idiomas. Eram pequenos editores com o apoio de equipes de
tradutores que se dedicavam a tornar Osho conhecido em
seus idiomas e países. Esses esforços aconteceram na
Alemanha, na Grécia, em Taiwan, na Espanha, na Holanda e
também no Brasil. Eram pequenas empresas que não tinham
acesso aos grandes canais de distribuição. Muitas dessas
pequenas editoras não conseguiram sobreviver
economicamente. Algumas poucas
conseguiram dar um salto e converter-se em editoras
profissionais com base financeira sólida.
Osho deixou um pedido para que sua obra estivesse
disponível ao redor do mundo. Esse foi o foco do trabalho
da Osho International que, ao longo dos anos 90, sentiu a
necessidade de uma perspectiva nova e mais abrangente para
a produção editorial e distribuição dos seus livros.
Foi assim que a Osho International Foundation abriu a Osho
Gallery no coração de Londres para reintroduzir os
livros do Osho no mercado onde eles estavam ausentes por
uma década. Rapidamente alguns títulos do Osho voltaram
a ser editados por 3 diferentes editores
britânicos.
Em 1995 houve
um esforço na tentativa de se conseguir a distribuição
dos livros da Rebel Publishing House nos os Estados
Unidos, mas não se chegou ao resultado esperado. O
mercado norte americano estava dominado por grandes redes
de distribuição que tinham uma rígida definição
corporativa e os espaços das livrarias para os livros de
capa dura estavam medidos em centímetros e reservados
para os autores mais conhecidos.
Essa realidade
levou a Fundação a perceber que um passo maior teria que
ser dado. Foi então estabelecido um escritório da Osho
International na cidade de Nova York, onde centralizou-se
a administração dos direitos autorais do Osho para todo
o mundo.
Osho disse:
“Tudo o que estou dizendo não é unicamente para
vocês. Estou falando também para as gerações futuras.”
Na verdade, todas as suas palavras foram gravadas e
preservadas para as gerações futuras. A Fundação Osho
Internacional tem a meta de manter todos as suas palavras
impressas em livros no idioma em foram proferidas e mais a
tradução para o inglês de todos os títulos em hindi.
Quando todas essas traduções estiverem completadas, o
total de títulos será em torno de 800 volumes.
A Fundação
também continua publicando títulos de uma lista de
compilações e versões resumidas sugeridas por Osho.
Esses livros, tais como Pepitas de Ouro, Vida Amor e
Riso, O Livro da Criança, etc foram criados para
estimular os editores profissionais a contratarem suas
obras. Existem várias compilações sugeridas por Osho
que ainda não foram publicadas. |
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A porta que
permitiu a entrada dos livros do Osho no grande mercado
editorial internacional foi aberta em 1994 com a
publicação do Osho Zen Tarot, um conjunto de cartas
acompanhada por um livro com os comentários do Osho. Esse
conjunto criado em Puna num período de dois anos
converteu-se num “best-seller” mundial. O Osho Zen
Tarot está sendo publicado atualmente em 23 idiomas,
incluindo o hebreu, francês, italiano, espanhol,
português, japonês, chinês, alemão e inglês. A
versão alemã está em sua vigésima edição e a
edição americana já vendeu mais 250.000 exemplares.
Este foi o grande título que colocou Osho novamente no
cenário editorial internacional, motivando as editoras a
adquirir mais títulos para seu mercado. Desde então o
número de editoras que publicam Osho no mundo vem subindo
e chegou ao total de 212. Além de grandes editoras
americanas, alemãs, italianas e espanholas, muitos dos
editores que haviam abandonado Osho nos anos 80, voltaram
agora a
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publicar
mais títulos do que nunca. Durante o ano de 2004, a Osho
International assinou 395 contratos de publicação de
livros do Osho com editoras de todo o mundo, ou seja, mais
que um novo título do Osho por dia.
Existem
atualmente 2.537 contratos de publicação ativos num
total de 54 idiomas diferentes em todo o mundo. Cada
contrato representa um título do Osho que geralmente
chega a um mínimo de mil leitores. As vendas totais
anuais estão agora próximas de 3 milhões de exemplares,
o que significa mais de 10 vezes o volume das vendas que
haviam quando Osho estava no corpo.
Um grande
impulso de venda tem sido resultado das publicações
pelas grandes editoras. Por exemplo, o livro Meditação:
Primeira e Última Liberdade vendia cerca de 1.000
cópias ao ano nos Estados Unidos, editados pela Rebel.
Quando a St.Martin’s Press de Nova York assinou contrato
para publicar este livro em 1997, foram vendidos 10.000
exemplares só no primeiro ano. A série “Dicas para uma
Nova Maneira de Viver” que compreende os títulos Alegria,
Consciência, Maturidade, Intuição, Criatividade e
vários outros, já atingiu mais de 1 milhão de cópias
vendidas em todo o mundo, sendo publicada em 18 idiomas,
inclusive vietnamita, tailandês e indonésio.
Como se pretendia, as compilações atuaram como
trampolim para as correntes majoritárias do mercado,
aumentando a procura por livros do Osho. De fato, os
editores agora têm mais confiança no autor e começaram
a assinar contratos para títulos originais como A
Semente de Mostarda que durante o ano de 2004 foi
assinado para 24 idiomas. Um dos últimos títulos do Osho,
de uma série bastante provocativa, foi publicado em
português como O Deus que Nunca Existiu, e também
em espanhol, alemão e russo. Isto seria impensável há
poucos anos, quando nenhum editor se dispunha a considerar
a possibilidade de publicar material tão controvertido.
Mas o Sr. Michael Goerden, o editor da Ullstein, da
Alemanha, chegou a dizer que esse título é “imprescindível
para todo fan de Osho”.
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Na Itália,
onde os livros do Osho alcançam com facilidade a lista
dos mais vendidos, só em um mês esgotou-se a primeira
edição de 10.000 exemplares do Autobiografia de um
Místico Espiritualmente Incorreto. No mercado de
língua espanhola, hoje são 14 editoras que publicam
livros do Osho. As vendas anuais dos livros do Osho em
espanhol ultrapassam a 300.000 exemplares.
No
Brasil, a evolução das publicações do Osho não foi
diferente do que ocorreu nos demais paises. Das primeiras
editoras que publicaram Osho ainda no ínicio dos anos 80,
apenas a Cultrix Pensamento permaneceu ininterruptamente
editando e reeditando os seus livros. Isso devido ao fato
do editor ter pessoalmente se tornado um grande admirador
do Osho. Outras editoras simplesmente abandonaram as
publicações sem renovar os contratos. Num segundo
momento, sobretudo na década de 90, três editoras
começaram a publicar Osho no Brasil: a Editora Gente que
chegou quase a ter 20 títulos, a Ícone Editora e a
Madras.
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Paralelamente,
como em vários outros países, alguns sannyasins tentaram
criar pequenas editoras e publicaram alguns livros do Osho.
Destas, apenas a Editora Shanti permanece publicando Meditação:
Primeira e Última Liberdade e Relacionamento, Amor e
Liberdade.
Por volta de
1996, Osho já voltara a despertar o interesse de grandes
editoras no mundo para publicá-lo. No Brasil, a Osho
International não dispunha de um controle muito claro e
eficiente sobre os contratos de publicação dos livros do
Osho. Naquele ano eram publicados 38 títulos no Brasil.
Foi então que nos propuseram a criação do Instituto
Osho Brasil, para que seu coordenador atuasse como agente
da Osho International Foundation junto às editoras
brasileiras. O nosso trabalho era fazer o levantamento dos
contratos existentes, renovar os que estivessem vencidos,
cancelar aqueles em desacordo com as orientações da OIF
e estimular a publicação de novos livros. Durante 4
anos, até meados de 2000, regularizamos todos os
contratos de publicação existentes e conseguimos firmar
contratos para a publicação de 14 novos títulos do Osho
no Brasil. A partir de então, a administração dos
direitos autorais do Osho no Brasil passou a ser
gerenciada por uma empresa especializada. A tarefa havia
se tornado mais complexa, mais ampla e era necessário que
o nosso trabalho voluntário, baseado na boa vontade,
fosse substituído por serviços mais profissionais. Desde
então, mais editoras passaram a publicar Osho e novos
livros entraram em linha. Hoje são publicados no Brasil
cerca de 60 títulos do Osho. Não dispomos de dados
numéricos sobre as vendas, mas alguns livros chegaram a
figurar na lista dos mais vendidos, como foi o Aprendendo
a Silenciar a Mente que ficou 6 meses na lista da
revista Veja. Em nossos contatos informais com as editoras
e com várias livrarias, temos obtido sempre a
informação de que os livros do Osho estão sendo muito
vendidos, cada vez mais.
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