Conexão Brasil                                                            junho de 2006
 

                

As publicações de Osho no mundo   

 

 
          A edição em espanhol da revista Osho Times, n° 2, apresentou uma matéria interessante a respeito dos trinta anos de publicações internacionais do Osho. Utilizamos grande parte das informações contidas naquela revista e acrescentamos alguns dados de nosso próprio arquivo. O resultado é a matéria que a seguir apresentamos.


          Até o início de 1974, Osho estava estabelecido em Bombaim, onde recebia discípulos e outros visitantes nos apartamentos de Woodland. Com o progressivo aumento do número de pessoas que chegavam até ele, oriundas das várias partes do mundo, decidiu-se pela mudança para Puna, onde a Fundação Osho Internacional adquiriu uma chácara com espaço suficiente para Osho receber todas essas pessoas e desenvolver seu trabalho.

          Foi nessa época que tiveram início as primeiras publicações internacionais dos discursos do Osho, em inglês. O primeiro lançamento foi O Livro dos Segredos pela editora Harper and Row, de Nova York. Em seguida, o mesmo livro foi publicado pela Thames & Hudson de Londres, Wilhelm Heyne, da Alemanha, Albin Michael, da França e a Bompiani, da Itália. Centenas de milhares desse livro foram vendidos rapidamente e Osho tornou-se um autor “best-seller”. As editoras interessaram-se logo por publicar outros títulos do Osho que tornou-se conhecido por milhares de leitores ocidentais, os quais quiseram logo viajar para a Índia para conhece-lo pessoalmente. Foi a explosão do sannyas por todo o mundo.
         
Osho nunca se ocupou pessoalmente de assuntos administrativos da sua obra. Ao contrário, ele cedeu toda a sua 

propriedade intelectual, seus direitos autorais, os direitos de usar seu nome e imagem a uma organização pública sem fins lucrativos: a Osho International Foundation. Esta fundação ficou responsável pela gravação de seus discursos em fitas cassete, sua transcrição em livros, sua edição e ilustração, sua publicação, compilações, etc.
          Em 1981 Osho mudou-se para os Estados Unidos e permaneceu em silêncio por três anos. Nessa época ele já era uma figura mundialmente conhecida, e seus livros estavam sempre expostos na principais livrarias de todo o mundo. Seus livros eram transcrições de suas falas diárias ao longo de vários anos. Eram palestras proferidas para o grande público e reuniões íntimas com pequenos grupos de visitante, denominadas darshans. 
          Em 1984 Osho voltou a falar em público e suas palestras passaram a ser gravadas em vídeo com uma qualidade profissional muito superior ao que havia no período inicial. O arquivo físico das obras de Osho começou a crescer de forma estupenda. Nas novas séries na América, os seus discursos foram mais diretos e provocativos do que nunca, o que alarmou a classe governante. As conseqüências imediatas foram os cancelamentos de contratos por parte de várias editoras. 
          Em 1985, Osho foi preso e deportado por determinação do governo dos Estados Unidos. Ele tentou estabelecer-se em mais de 20 países, tendo o seu ingresso ou a permanência impedida pelos diversos governos sob a pressão da administração Reagan. Em meados de 1986 Osho retornou a Bombaim e no final daquele ano já estava novamente em Puna. Os políticos, as igrejas e os meios de comunicação utilizaram a ocasião de sua prisão e deportação dos Estados Unidos para manipular a opinião pública com a intenção de silenciar ou, pelo menos, desacreditar Osho por completo. Em todo o mundo os editores retiraram os livros de Osho de seus catálogos e abandonaram os planos já programados de futuras publicações. Sem dar importância à demanda crescente por parte dos leitores, as livrarias devolviam às editoras os livros do Osho existentes em seus estoques. Em pouco tempo, Osho tornou-se um autor censurado e quase todas as editoras em escala mundial cancelaram seus contratos com a Osho International Foundation. Seus livros chegaram mesmo a serem incluídos nas listas negras do Vaticano e de vários estados totalitários.
          Entre 1985 e 1994, os livros do Osho foram pouco a pouco desaparecendo das livrarias, das bibliotecas e da memória do público. Muita gente chegou a pensar que com a deportação dos Estados Unidos e sua morte em 1990, o trabalho do Osho teria se acabado. 
          Para assegurar a disponibilidade de seus livros, foi criada uma nova operação editorial depois que Osho retornou a Puna. “The Rebel Publishing House” foi o nome sugerido por Osho para uma nova editora que teve base na Alemanha, Índia e Austrália a qual publicou entre 1987 e 1991 mais de dois milhões de livros em primeira edição. O propósito era completar a publicação de todos os livros do Osho com capa dura. A lista desses livros compreendia 250 títulos em hindi e 280 em inglês. Paralelamente, Osho estimulou seus amigos e simpatizantes a ocupar-se da publicação de seus livros em diversos idiomas. Eram pequenos editores com o apoio de equipes de tradutores que se dedicavam a tornar Osho conhecido em seus idiomas e países. Esses esforços aconteceram na Alemanha, na Grécia, em Taiwan, na Espanha, na Holanda e também no Brasil. Eram pequenas empresas que não tinham acesso aos grandes canais de distribuição. Muitas dessas pequenas editoras não conseguiram sobreviver economicamente. Algumas poucas conseguiram dar um salto e converter-se em editoras profissionais com base financeira sólida.          
          Osho deixou um pedido para que sua obra estivesse disponível ao redor do mundo. Esse foi o foco do trabalho da Osho International que, ao longo dos anos 90, sentiu a necessidade de uma perspectiva nova e mais abrangente para a produção editorial e distribuição dos seus livros. Foi assim que a Osho International Foundation abriu a Osho Gallery no coração de Londres para reintroduzir os livros do Osho no mercado onde eles estavam ausentes por uma década. Rapidamente alguns títulos do Osho voltaram a ser editados por 3 diferentes editores britânicos. 
          Em 1995 houve um esforço na tentativa de se conseguir a distribuição dos livros da Rebel Publishing House nos os Estados Unidos, mas não se chegou ao resultado esperado. O mercado norte americano estava dominado por grandes redes de distribuição que tinham uma rígida definição corporativa e os espaços das livrarias para os livros de capa dura estavam medidos em centímetros e reservados para os autores mais conhecidos.
          Essa realidade levou a Fundação a perceber que um passo maior teria que ser dado. Foi então estabelecido um escritório da Osho International na cidade de Nova York, onde centralizou-se a administração dos direitos autorais do Osho para todo o mundo. 
          Osho disse: “Tudo o que estou dizendo não é unicamente para vocês. Estou falando também para as gerações futuras.” Na verdade, todas as suas palavras foram gravadas e preservadas para as gerações futuras. A Fundação Osho Internacional tem a meta de manter todos as suas palavras impressas em livros no idioma em foram proferidas e mais a tradução para o inglês de todos os títulos em hindi. Quando todas essas traduções estiverem completadas, o total de títulos será em torno de 800 volumes.
          A Fundação também continua publicando títulos de uma lista de compilações e versões resumidas sugeridas por Osho. Esses livros, tais como Pepitas de Ouro, Vida Amor e Riso, O Livro da Criança, etc foram criados para estimular os editores profissionais a contratarem suas obras. Existem várias compilações sugeridas por Osho que ainda não foram publicadas.

          A porta que permitiu a entrada dos livros do Osho no grande mercado editorial internacional foi aberta em 1994 com a publicação do Osho Zen Tarot, um conjunto de cartas acompanhada por um livro com os comentários do Osho. Esse conjunto criado em Puna num período de dois anos converteu-se num “best-seller” mundial. O Osho Zen Tarot está sendo publicado atualmente em 23 idiomas, incluindo o hebreu, francês, italiano, espanhol, português, japonês, chinês, alemão e inglês. A versão alemã está em sua vigésima edição e a edição americana já vendeu mais 250.000 exemplares. Este foi o grande título que colocou Osho novamente no cenário editorial internacional, motivando as editoras a adquirir mais títulos para seu mercado. Desde então o número de editoras que publicam Osho no mundo vem subindo e chegou ao total de 212. Além de grandes editoras americanas, alemãs, italianas e espanholas, muitos dos editores que haviam abandonado Osho nos anos 80, voltaram agora a 

publicar mais títulos do que nunca. Durante o ano de 2004, a Osho International assinou 395 contratos de publicação de livros do Osho com editoras de todo o mundo, ou seja, mais que um novo título do Osho por dia. 
          Existem atualmente 2.537 contratos de publicação ativos num total de 54 idiomas diferentes em todo o mundo. Cada contrato representa um título do Osho que geralmente chega a um mínimo de mil leitores. As vendas totais anuais estão agora próximas de 3 milhões de exemplares, o que significa mais de 10 vezes o volume das vendas que haviam quando Osho estava no corpo. 
          Um grande impulso de venda tem sido resultado das publicações pelas grandes editoras. Por exemplo, o livro Meditação: Primeira e Última Liberdade vendia cerca de 1.000 cópias ao ano nos Estados Unidos, editados pela Rebel. Quando a St.Martin’s Press de Nova York assinou contrato para publicar este livro em 1997, foram vendidos 10.000 exemplares só no primeiro ano. A série “Dicas para uma Nova Maneira de Viver” que compreende os títulos Alegria, Consciência, Maturidade, Intuição, Criatividade e vários outros, já atingiu mais de 1 milhão de cópias vendidas em todo o mundo, sendo publicada em 18 idiomas, inclusive vietnamita, tailandês e indonésio.
          Como se pretendia, as compilações atuaram como trampolim para as correntes majoritárias do mercado, aumentando a procura por livros do Osho. De fato, os editores agora têm mais confiança no autor e começaram a assinar contratos para títulos originais como A Semente de Mostarda que durante o ano de 2004 foi assinado para 24 idiomas. Um dos últimos títulos do Osho, de uma série bastante provocativa, foi publicado em português como O Deus que Nunca Existiu, e também em espanhol, alemão e russo. Isto seria impensável há poucos anos, quando nenhum editor se dispunha a considerar a possibilidade de publicar material tão controvertido. Mas o Sr. Michael Goerden, o editor da Ullstein, da Alemanha, chegou a dizer que esse título é “imprescindível para todo fan de Osho”.

          Na Itália, onde os livros do Osho alcançam com facilidade a lista dos mais vendidos, só em um mês esgotou-se a primeira edição de 10.000 exemplares do Autobiografia de um Místico Espiritualmente Incorreto. No mercado de língua espanhola, hoje são 14 editoras que publicam livros do Osho. As vendas anuais dos livros do Osho em espanhol ultrapassam a 300.000 exemplares.
         
No Brasil, a evolução das publicações do Osho não foi diferente do que ocorreu nos demais paises. Das primeiras editoras que publicaram Osho ainda no ínicio dos anos 80, apenas a Cultrix Pensamento permaneceu ininterruptamente editando e reeditando os seus livros. Isso devido ao fato do editor ter pessoalmente se tornado um grande admirador do Osho. Outras editoras simplesmente abandonaram as publicações sem renovar os contratos. Num segundo momento, sobretudo na década de 90, três editoras começaram a publicar Osho no Brasil: a Editora Gente que chegou quase a ter 20 títulos, a Ícone Editora e a Madras. 

Paralelamente, como em vários outros países, alguns sannyasins tentaram criar pequenas editoras e publicaram alguns livros do Osho. Destas, apenas a Editora Shanti permanece publicando Meditação: Primeira e Última Liberdade e Relacionamento, Amor e Liberdade. 
          Por volta de 1996, Osho já voltara a despertar o interesse de grandes editoras no mundo para publicá-lo. No Brasil, a Osho International não dispunha de um controle muito claro e eficiente sobre os contratos de publicação dos livros do Osho. Naquele ano eram publicados 38 títulos no Brasil. Foi então que nos propuseram a criação do Instituto Osho Brasil, para que seu coordenador atuasse como agente da Osho International Foundation junto às editoras brasileiras. O nosso trabalho era fazer o levantamento dos contratos existentes, renovar os que estivessem vencidos, cancelar aqueles em desacordo com as orientações da OIF e estimular a publicação de novos livros. Durante 4 anos, até meados de 2000, regularizamos todos os contratos de publicação existentes e conseguimos firmar contratos para a publicação de 14 novos títulos do Osho no Brasil. A partir de então, a administração dos direitos autorais do Osho no Brasil passou a ser gerenciada por uma empresa especializada. A tarefa havia se tornado mais complexa, mais ampla e era necessário que o nosso trabalho voluntário, baseado na boa vontade, fosse substituído por serviços mais profissionais. Desde então, mais editoras passaram a publicar Osho e novos livros entraram em linha. Hoje são publicados no Brasil cerca de 60 títulos do Osho. Não dispomos de dados numéricos sobre as vendas, mas alguns livros chegaram a figurar na lista dos mais vendidos, como foi o Aprendendo a Silenciar a Mente que ficou 6 meses na lista da revista Veja. Em nossos contatos informais com as editoras e com várias livrarias, temos obtido sempre a informação de que os livros do Osho estão sendo muito vendidos, cada vez mais.

 

 

Instituto Osho Brasil - Caixa Postal 450 - CEP 36001-970 - Juiz de Fora-MG
tel: (32) 3232-4635 - E-mail: oshobrasil@uol.com.br - www.oshobrasil.com.br