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Sannyas:
uma experiência do dia-a-dia
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Mensalmente
apresentamos nesta seção o depoimento de um discípulo do Osho que
adotou a meditação em seu dia-a-dia e aqui compartilha conosco essa
sua experiência. O texto abaixo, em negrito e itálico, é sempre de
responsabilidade do depoente.
Neste mês estamos apresentando o depoimento da Ma Satyam Ida Olga
Olga, atualmente dedica-se ao seu ateliê de projetos e
design de
Arquitetura
de interiores e design, feng-shui, murais. Antes, ela
foi empresaria,
proprietária de fábrica, loja e galeria de arte.
Coordenadora
do Centro de Meditação Osho Vidheya, em Salvador, Olga
é instrutora de Meditação, coordenando campos e
seqüências de 21 dias de meditação há vários anos.
Ultimamente, estruturou
vivencias de conexão e centramento de 21 dias : MEDITAÇÃO
& AUTO-CONHECIMENTO e
MEDITAÇÃO & CHAKRAS. Ao todo, foram
7 grupos realizados no ano.
Mestra Reiki I
e II ; Reiki Aliança - Master pela
Satia Reiki Communion / Osho
Neo Reiki
Rebirthing
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MINHA
EXPERIENCIA DE SANNYAS / CENTRO.
(ou
...COMO VEIO O GRANDE HOMEM A MIM..)
Uma
dança, uma simples dança fez voar meu corpo, minha alma, sair
deles, me perder no ar, cair pelos cantos do salão, levantar e
tentar de novo, sentir a Existência com toda sua força
infinita se instalar em mim... Por fim era possível que tivesse
vindo a mim algum tipo de resposta
da Existência às indagações de minha infância.. E não
queria parar de sentir... Queria continuar e pesquisar isto...
este
acordar de átomos diferentes... Sempre dancei e sempre admirei
os corpos se expressando, mas desta vez fora empurrada por amigos
a um grupo de “bioenergética” e a sair de um momento de
stop vivencial.
Já tinha por 20 anos me dedicado as realizações
materiais, físicas, casamento, filhos, etc. com amor, com
totalidade e com êxito, conquistando tapete vermelho e tudo
mais na minha frente, com uma profissão abençoada
e um talento criativo, vindo de não sei onde, que sempre
alegrou minha vida. Mas, uma pergunta anterior não tinha tido
resposta: “o que está por traz de tudo isto? deste mistério,
desta Criação perfeita que eu tanto admirava?” ......
“Onde está o Grande Homem, para me responder? por que ele não
aparecia?”....e uma determinação voltava a mim ; “Eu quero
tocar isto”.
Isto
nada tinha a ver com o mundo dos homens, tinha que ver com a
Criação, com a Existência, comigo, e isto vinha desde minha
mais terna infância, quando deitava com meu pai na grama para
olhar as estrelas por horas, e vinha
de todas as outras experiências e sacações posteriores,
que uma infância protegida me permitiu sentir, como se meu ser
fosse feito da totalidade do ar, da terra, da água, das plantas
e sem peso. E que, noutro momento de vida, somaram-se
novas indagações do ”Quem sou eu?", "Que perfeição
de máquina (corpo) é esta?”, “De onde vim? a origem, o
TODO", "Aonde vou?" , "Que vim fazer?”. Eu queria ter
respostas diretas, sem igrejas nem religiões pelo meio. Aos 13/14 anos devorei atentamente cada frase do livro
"A Possível Evolução do Homem” (4ºcaminho) de
Ouspensky, no meio de outras experiências de silencio e
isolamento, até chegar aos 17 anos, à consciência do grande e imenso
mistério e da perfeição da criação que eu interpretei como
sendo meu único objetivo nesta terra: morrer bem após completar o
ciclo. Nele me joguei. E , cumprido o ciclo, após esses 20 anos, senti o
vazio de tudo ser sem sentido, de estar separada do grande todo.
Aí veio a mim
essa dança (meditação) e a re-conexão, com cada fibra do
corpo acordando.
Foi
desta maneira, através da meditação, do corpo que sente, que
Osho (Existência) entrou em minha vida e foi também o começo
do Centro em Salvador. No mesmo grupo, (de Prashanto) coloquei
um cartaz no chão convidando as pessoas a se reunirem na minha casa,
na quarta-feira, para praticá-la. Não tinha fita, foi
improvisada com discos selecionados e minha filha ia mudando-os a cada 15 minutos. Assim, nessa miscelânea meditativa,
sem tempo de acabar, de uma paixão pela Existência de um
pequeno grupo, nasceu o Centro, sem querer. Tomei conhecimento de
quem tinha criado esses exercícios e começou minha relação
consciente com Osho e sua comunidade. Já eu O tinha visto nas
revistas e Ignorado, mas desta vez, por tê-lo sentido em meu
corpo, reconheci à minha maneira que o Grande Homem estava aí,
no Planeta, encarnado.
Era
o ano de 1982 e com todo um grupo
de apaixonados, as meditações de Osho se estabeleceram
em Salvador, num grande salão azul-céu. Foi uma explosão em
Salvador, com 30 ou mais pessoas meditando nas tardes dos sábados
e que produziu em pouco tempo mais de 60 sannyasins. Nove meses
após, recebi meu nome: “Satyam”, perseguidora que era da
“verdade nua e crua”, abri a carta e voei nas alturas junto
com meu filho Paulo que colocou meu mala.
Participei dos festivais do Oregon e trabalhei na comuna.
Estive de improviso com Osho frente a frente e meu corpo queimou
por 3 dias. Estava acontecendo nas
meditações uma transformação nos sentidos do meu
corpo, um trabalho da
Existência-Osho e um longo período de experimentar
comunicar-me com Ele de diversas formas. Me mostrou o caminho
e eu estava aberta a ele. Aprendi no silencio , passo por
passo.
Na 1ª vez que fui ao Oregon, chorei o caminho todo ate
chegar lá, porque só um Homem de Verdade
me faria pisar os EUA. Prendi Osho nos meus olhos de
tanto observa-Lo. Até no gatchami não fechava os olhos!. Na 2ª
vez , fiquei trabalhando na comunidade, um paraíso na terra!
Chorei o mês
inteiro porque não queria voltar a este mundo, tão bem estava
por lá, nesse estado em
que o espírito da “coisa” esta em tudo, puro,
imperturbável, imensurável,
eterno.... e tantas possíveis dimensões diversas que
aconteciam experimentar
!! Meu Deus, que
presente!
Ai
me convidaram a ficar por lá, mas eu tinha que voltar.
Compreendi nesse choro que o trajeto do Ser de Osho era um e o
meu outro. Essa compreensão jamais me separou Dele. Ficou claro
misteriosamente entre nos, e até hoje estou no mesmo sonho.
Fui
ainda uma 3ª vez e, depois, veio o período da prisão
arbitraria, da peregrinação pelo mundo, do fechamento da comuna
e de nós, dos Centros, atuarmos no apoio a Ele de onde estivéssemos, meditando e nos reunindo a portas fechadas,
(vigiados), implantando a rede de informações entre todos no
Brasil. Foi uma época de lançamentos de muitos livros, editados
e vendidos pelos sannyasins, entre eles, “Sobre os Direitos
Humanos Básicos” que, aqui, lançamos num Circo com estréia de
uma banda de Música e também com banda no Shopping da Barra,
com músicas do Oregon.
Em
dezembro do 89, recebo um convite para ir a Poona. Deixo de ir (um
familiar estava em recuperação de meningite). Então, com Purna
fizemos uma rede de meditação nacional programada que se
transformou noutra revelação para mim. A cada passo, espaços
se tornavam claros
e distâncias desapareciam, e em 19 de janeiro, um grande
estrondo deixou um buraco na terra numa região do Planeta...
Silencio, vestes brancas, flores brancas. Momento de
dissolver-se na
Existência inteira! E momento da compreensão de
que se
a morte não existe, aquele que deixou o corpo continua a estar
presente, em total conexão vibracional, se assim estivermos
ligados nessa freqüência!
Nessa
época surgiu outro Centro, o Praguita, que fazia um trabalho
aberto com o público. E isso nos permitia continuar a
experimentar aprofundamentos
silenciosos, num dos quais o mistério se abriu diante
de todos, durante 21 dias: não era só meu!!... E ouve um
convite.
Anos
depois, em 1995, visitei a obra do Mestre em Poona, naveguei
nesse ar abençoado, nas árvores, no céu estrelado, no satsang
diário, nos grupos, nos novos amigos e nos últimos dias surgiu
do nada o re-abrir o Vidheya, com a devida licença da Osho
Global. Longe do querer, está o poder e a alegria
do partilhar e manter a chama acessa .
Um
Centro não é uma questão de escolha e sim de coração
focado, de devoção em ação, sem escolha; é entender um
sonho, mesmo que seja à nossa maneira, se enamorar dele, participar dele,
fazer parte, aceitar que picos e vales serão sempre realidades
vivas, parte do movimento de mutação que por sua vez depende
também das energias circundantes. Todos são responsáveis,
presentes e ausentes. Esta é minha experiência de centro e
minha compreensão também do Ashram de Poona e suas constantes
adaptações ao novo momento.
Satyam,
é meu nome e aprendizado. Não significa intelectualidade. É
“ser” e responder com todas as fibras apuradas do corpo
inteiro; estar aberto à ultima verdade de cada novo momento. É
saltar do “querer pessoal” para fora dele, e se colocar à
disposição. Os outros dois nomes dizem sobre a felicidade
sagrada, e foram escolhidos por meu pai e minha mãe e entendo
que Osho os resgatou.
OSHO,
Sua
fala.....
Seu
silencio......
espalhou-se
pelo Planeta
suas
palavras como flores ou como fogo
colocaram
luz nas entranhas da Terra,
mil
armadilhas lhe tenderam.
OSHO,
como
a nenhum outro nestas épocas, Lhe foi permitido atingir o
planeta inteiro. Foi um Mestre da alma humana, da transformação
de nossa era. Passou a mensagem do Universo e na sua passagem
nos deixou o sonho de um planeta paraíso para o acordar das mil
consciências (budhas)... com tanta doçura!!... com tanto respeito!!... com tanta compaixão!!...
Sua
irradiação, pela grandiosidade de seu alcance, será
possivelmente a bússola pelos séculos vindouros, até a Existência
o determinar em sua ronda.
Pelos
meus olhos que O viram,
Pelo
meu coração extasiado
Com
as
bênçãos
da
Existência
Satyam
Ida Olga
Ma Satyam Ida Olga - foto durante o
Meditation’s Day.
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