OSHO CONEXÃO BRASIL maio de 2004 |
Todos os meses estamos apresentando nesta seção o depoimento de um discípulo do Osho que adotou a meditação em seu dia-a-dia e aqui compartilha conosco essa sua experiência. Neste mês estamos apresentando o depoimento do Sw. Deva Prashanto.
Dia 20 de janeiro 1990. Bem cedo. Puna, India. Estou de pé, perto da entrada do ashram. Comigo centenas de outros saniasins. Todos trazemos pétalas de rosa nas mãos para jogarmos sobre as cinzas do mestre que logo virão dentro de um jarro nas mãos de seu irmão. Uma profunda tristeza, acompanhada de terrível frustração. Pensava:”Cara! O mestre passou pelo planeta, você ficou quase sete anos perto dele, agora ele se foi e você nada! Perdeu a chance!” Bem próximo a mim, quase em frente, uma gralha estava pousada num enorme “fícus”, bem lá em cima. De repente, ela saiu voando e derrubou um galho seco que caiu no chão com grande estrépito... Pá! Tudo mudou! Subitamente lembrei-me o que Osho dissera :”fora do corpo será mais fácil pra mim estar junto de cada um...” O mestre zen havia usado o cacete ... Depois deste dia fui me transformando de discípulo em devoto. Explico: o discípulo está conectado com o mestre pela mente. Ele admira os textos, ama a imagem dele, a presença física; há sempre uma razão para justificar seu discipulado. O devoto está no coração. Não precisa de razões para ter um mestre, não precisa ler seus livros, nem fotos, nem nada! O devoto sente o mestre em todo lugar, enviando sinais de que está pertinho... O devoto vive no mistério, cercado de sinais. Uma folha cai, um pássaro voa, algo não previsto ocorre...Tudo faz parte desta infinita rede que é a presença misteriosa do mestre. Dos mestres, melhor dizendo pois todos são um só... Champak pediu-me um depoimento sobre o meu dia a dia como saniasin. Estou por aí fluindo em meio a alguns sinais que, para mim, podem ser brincadeiras do mestre, ou de minha mente, quem sabe? Isto não me importa. Estou curtindo adoidado! Não pratico nenhuma técnica de meditação, quase não leio livros, nem os de Osho! Vou à praia, leio o jornal, faço minha comida, meus chás, viajo pela internet, saio para as compras no supermercado, vejo a tv...Namoro! Durmo, acordo, cago, mijo, todas essas coisas necessárias ao bom metabolismo corporal... Lembro: no fim da década de 80, por razões que não interessam agora, Osho sugeriu que eu encontrasse a Kaveesha, então diretora da Escola de Mistérios no ashram. Ela levou-me ao seu quarto, apanhou um “caco” de cristal de quartzo (presente de Osho, disse orgulhosa) e passou-o várias vezes ao meu redor. No final disse: ”agora você pertence à Escola de Mistérios” Naquele momento, e por alguns anos, eu não entendi o que tudo aquilo significava. Mas seguramente “o mistério” ficou plantado dentro de mim. A partir 1995 comecei a "ler" os sinais que a vida me enviava e, pouco a pouco, deixei de coordenar grupos de terapia. Entre 2000 e 2001 fiquei esperando algum sinal para iniciar a Escola de Mistérios que estava, havia muito, na minha agenda. Finalmente ele veio (depois eu conto como...) e agora ela existe em quatro cidades: Juiz de Fora, Rio, São Paulo e Vitória. Quando começamos ninguém sabia o que era ou o que seria! Mas como devoto eu sabia que tudo seria revelado nos momentos oportunos. E, sem fazer nada, absolutamente nada, as coisas estão acontecendo! Quem quiser saber algo sobre a nossa Escola de Mistérios pode visitar o site http://www.escolademisterios.hpg.ig.com.br/index.htm Embora sabendo que o “mistério” da nossa escola só poderá ser sabido a partir de dentro dela. Beijins a todos
Swami Deva Prashanto |
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