Finalmente chegou a hora e a
oportunidade de entrevistar Yogendra. Terapeuta do tempo em
que Osho estava no corpo, ele começa o dia bem cedo como
instrutor de Tai Chi e Chi Kung na área do Buddha Grove.
Yogendra agora é o coordenador da Multiversidade e também
atua como gerente administrativo do resorte.
A
primeira pergunta é sobre sua historia pessoal com Osho.
Como foi a experiência de estar com o mestre?
Conheci
Osho faz vinte anos e ainda estou adormecido. Que vergonha!
Para mim não existe nenhuma diferenca de quando Osho estava
aqui e depois que ele deixou o corpo, exceto que depois de
assistir ao ¨Encontro Noturno do Robe Branco〃,
com o passar dos anos, comecei a me dar conta com mais
clareza de que esta busca nada tem a ver com Osho e sim tudo
a ver comigo mesmo.
Sobre sua experiencia com o Tai Chi e
o Chi Kung. Sabemos que estes não são somente exercícios
físicos.
Como estes graciosos movimentos podem contribuir para o
crescimento pessoal?
O
Chi Kung é uma abordagem holística para entender a
nós mesmos. Durante os exercícios corpo, mente
e respiração ficam equilibrados,
tornando-se um e funcionando juntos. Cada conjunto,
movimento e postura é resultado de grande
entendimento do corpo em todos suas possíveis
dimensões: anatômica, fisiológica, bioquímica,
emocional, pensamentos, sistema energético, meditação.
Surpreende que o que a ciência moderna conhece hoje
com seus meios e ferramentas altamente sofisticados,
os
Taoístas conheciam dois mil anos atrás sem nenhuma
ajuda externa.
Parece que os Taoístas estavam mais
interessados em preservar a saúde do que curar as
doenças, enquanto a medicina contemporânea enxerga
as coisas de modo inverso. |
Yogendra
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A
próxima pergunta é sobre as mudanças na estrutura física
do resorte.
Nos últimos três anos tivemos a nova piramide (Osho Auditório),
o restaurante Zorba e recentemente, a reforma do Osho Plaza.
Qual a proxima mudança? Qual sua visão futura desse lugar?
Você
tem um jeito maravilhoso de me fazer perguntas
. Com
relação ao espaço físico posso lhe
dizer que estas questões são decididas pela comissão
de espaço do qual não faço parte. E quanto a visão do
futuro deste lugar eu não tenho nenhuma. Até mesmo
precisaria de óculos para enxergar estes dias!
Como
é viver no resorte, Yogendra?
Alguns
dias um céu, outros dias o inferno, e agradeço que seja
assim.
Para
concluir nossa entrevista virtual, a última questão é
sobre a expansão da visão de Osho no Brasil.
Agora
somos milhares de saniasins no Brasil, temos muitos centros
do Osho espalhados por todo o pais, mas temos somente uma
pequena comuna (Namastê) no Sul do Brasil.
Ainda
nao conseguimos editar a revista Osho Times na lingua
portuguesa.
Queremos
que a visão de Osho seja conhecida por todos os
brasileiros.
Voce
conhece nosso país e tem alguns amigos brasileiros.
Gostaria
de comentar sobre estas questões?
Sim,
estive no Brasil e é um dos meus lugares favoritos. Tenho
muitos, muitos amigos por lá.
Com relação à sua pergunta, lembro que Osho disse que os
dias da comuna tinham acabado. Entao, pessoalmente, não
vejo porque o Brasil precisaria de uma comuna. E a visão de
Osho está crescendo em toda parte do mundo de modos que
nunca pensamos fosse possível.
Só precisamos simplesmente olhar o crescimento das publicações
no mundo como descrito na última edição da revista Osho
Times. E
você sabia que o www.osho.com
está no topo de todos os web sites do mundo em termos de
visitantes? E
a cada ano mais
e mais pessoas estão chegando aqui para ver e participar da
manifestação da visão de Osho.
Puna, 15 de Janeiro de 2006
Swami Prasado
swamiprasado@yahoo.com
Subuddha
|
Olá
pessoal,
Nosso querido Champak me pediu que escrevesse para
esta coluna neste final de mês em função da ausência
do Prasado aqui de Poona. Missão difícil. Escrever
ao lado do Prasado nesta coluna, ainda que por um único
mês, não é tarefa fácil para ninguém. Como
escrever de forma tão fluida, simples e tão
gostosa de ler como ele vem fazendo há tempos? Bem,
vou fazer o meu melhor e espero não decepcionar
muito. |
28 de janeiro de 2006.
O campus esta lotado com visitantes (sannyasins ou não)
do mundo todo. Vejo poucos brasileiros, mas quem está aqui
há muito tempo garante que este ano somos muitos - muito
mais do que costumávamos vir nos últimos anos. Certamente
é o efeito da cotação do dólar. Eu encontrei quatro
brasileiras e me disseram que há um outro por aí!
Há todo tipo de atividades, muitas simultâneas. No Multiversity
Highlights, posso ver daqui, estão acontecendo seis
grupos e outros três iniciam entre amanhã e depois. Têm
ainda: tiro com arco, thai chi, dança sufi, movimentos do Gurdjeff,
pintura e outras tantas mais. Ao mesmo tempo, no Osho
Auditório, a cada hora e meia inicia uma nova seção de
meditação - que começa às seis da manhã com a Dinâmica
e vai pelo menos até às 8:30 da noite com o Evening
Meeting, o ponto alto das meditações diárias.
As manhãs e noites estão muito frias, Num destes dias a
temperatura chegou a seis graus na madrugada. Mas as tardes
estão quentes e, para quem está com tempo, passear pelos
jardins é uma ótima opção, melhor que a piscina, pois
dizem que a água está gelada!
No friozinho das manhãs, fazer ou simplesmente sentar em
silêncio e observar os movimentos do Gurdjeff ou o Giro Sufi,
com mais de 20 participantes, todos com robes encarnados, traz
uma paz imensa: a coreografia, a música, a luminosidade da
manhã, a mente calma depois da Dinâmica, tudo conspira a
favor.
Interessante notar como alguns saniasins tem mais
dificuldade para abandonar o Mala. Aparentemente os de
cultura católica encabeçam a lista - italianos,
espanhóis, mexicanos... Como estamos aí no Brasil? Tenho
observado muitos indianos também. Não que seja proibido
usar os malas, é claro - quem iria proibir, não é
verdade? Mas a orientação que o Osho deixou foi para que
deixássemos de usá-lo. Quem fizer muita questão pode usá-lo
em casa ou para fazer as meditações. Mas não faz mais
sentido carregá-lo consigo em lugares públicos. Hoje
qualquer pessoa que venha ao Resorte, seja ela sannyasin
ou não, pode comprar um Mala para dar a alguém como
lembrança da sua viagem a Poona. É assim como uma camiseta
do Hard Rock Cafe. O Mala hoje não passa de uma peça
de moda - quem sabe o veremos nas passarelas da São Paulo Fashion
Week daqui a alguns anos...?
Ontem tivemos o Sannyas Celebration - um tesão!! A
festa foi até às 11 da noite - o que atrapalhou a minha
Dinâmica de hoje. O Sannyas Celebration é um
evento, uma festa, para os novos sannyasins. Na
celebração de ontem 26 deles vieram de seus países para
receber o Sannyas aqui. Muitos italianos e muitos
russos. Mas também haviam espanhóis, indianos e uns outros
que não sei de onde vieram. Não há uma idade para receber
o Sannyas: havia gente com pouco mais de 20 anos e
gente com muito mais de 50. Muita gente bonita, muita música,
muita celebração e a energia pulsando, estava o máximo.
Qualquer pessoa pode solicitar o Sannyas, basta para
isso enviar um email para sannyas-initiation@osho.net
,
preencher o formulário e anexar a foto. Nome completo, data
de nascimento e foto são importantíssimos para a escolha
do nome de Sannyas, por isso não podem deixar de
serem enviados. Menores de 18 precisam da autorização dos
pais.
Fevereiro vem aí. Se eu for aprovado, quem sabe? Talvez
ainda dê tempo para contar a vocês um pouco mais do que
está acontecendo aqui em Poona.
Com amor,
Subuddha.
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