Boletim nº 26, de junho de
2005:.
Nesta segunda quinzena de maio uma onda de calor
paira sobre Puna atingindo
os 41º na parte da tarde. Muitos fogem para o Norte da Índia,
para a região montanhosa dos Himalaias indianos onde o clima
é mais ameno nessa época do ano.
Os
saniasins que ficam na cidade, em sua grande maioria
indianos, buscam alívio do calor na piscina do resorte
apesar da temperatura da água permanecer morna o dia
inteiro.
Na
realidade, o clima quente não é o único fator para a
debandada geral dos visitantes do resorte pois mesmo depois
da onda de calor, o lugar permanece quase vazio até o mês
de setembro quando os saniasins e visitantes começam a
retornar de seus lugares onde residem para Puna.
A
necessidade de trabalhar, de ‘fazer dinheiro’ é o fator
preponderante que obriga a maioria dos saniasins de Osho a
deixar a cidade e retomar suas atividades temporárias para
refazer o ‘caixa’ e regressar logo que possível.
É
muito difícil trabalhar, ganhar dinheiro na Índia,
principalmente para os estrangeiros com vistos de turista no
passaporte. Seria ilegal. Mesmo que não fosse ilegal, a
remuneração do trabalho formal na Índia é irrisória. O
salário mínimo ronda os 40 dólares por mês.
Para
o estrangeiro viver na Índia há somente duas alternativas:
primeiro é necessário ter uma renda no seu país de
origem. Renda de aposentaria, pensão ou de aluguel, por
exemplo.
Outra
alternativa é adquirir mercadorias aqui e enviar para
revenda no estrangeiro.
Alguns
brasileiros estão se tornando peritos na arte de comprar jóias,
roupas e outros produtos indianos. Mas o negócio, apesar de
lucrativo, tem seus riscos. Você vai depender dos correios
para enviar a mercadoria para o exterior e, se o negócio não
for legalizado, pode ocorrer problemas.
No
período da alta estação dos meses de novembro a
fevereiro, quando o resorte fica lotado de visitantes,
surgem outras opções de atividade remunerada em Puna.
Aqueles
que possuem habilidades para massagem conseguem facilmente
custear sua estadia aqui seja dando sessões de massagem ou
curso/treino aos interessados.
Outra
atividade lucrativa na alta estação é a leitura das
cartas do Tarô e coisas afins.
Estou
estendendo-me sobre esse assunto por ter recebido
recentemente mensagens de brasileiros que sonham vir para a
Índia conhecer o lugar onde Osho viveu em Puna. A principal
preocupação deles é sempre relativa aos custos de estadia
e quanto aos preços para freqüentar o resorte. Em vista
disso decidi atualizar informações já publicadas em edição
anterior deste boletim.
Então
vamos fofocar um pouco para ver como os brasileiros se
'viram' em Puna que é um centro industrial com uma região
metropolitana de quase quatro milhões de habitantes no
estado de Maharastra.
Milhares
de brasileiros, desde quando o místico indiano Osho iniciou
seu trabalho com o florescimento da comuna nos anos 70,
passaram por aqui. Alguns por poucos dias, outros por vários
meses e uns poucos passaram a residir dentro ou nos
arredores da comuna (hoje resorte).
Quase
todos tornaram-se sannyasins (discípulos de Osho), alguns
tornaram-se terapeutas formados pela escola da comuna (Multiversidade)
e agora promovem trabalhos com grupos tanto no próprio
resorte, como no Brasil e, em vários outros países.
Outros
especializaram-se na medicina e na massagem Ayurveda (Puna
tem excelentes mestres nessa área), tornaram-se bons
profissionais e introduziram esta antiga ciência indiana no
Brasil. Outros optaram por estudar e praticar a ciência da
Yoga. Aqui na Índia são muitos os institutos de Yoga que
oferecem cursos e treinamentos a preços acessíveis.
Mas
também há brasileiros que se tornaram tarólogos, astrólogos,
pintores, escultores, músicos. Ainda há os que viraram
negociantes temporários e viajaram pela Índia adquirindo jóias,
pedras semi-preciosas, bijuterias e roupas da rica indumentária
indiana simplesmente para revender no Brasil e assim obter
bons lucros para cobrir as despesas que tiveram com toda a
viagem.
Os
brasileiros mais dedicados, que mergulharam fundo na meditação
em busca de si mesmos, abriram e dirigem Centros de Osho no
Brasil, introduzindo no país a idéia de que meditação,
vida espiritual e felicidade não são coisas separadas.
Para
você que acha que nunca terá condições de viajar até a
Índia e conhecer o único resorte de meditação do mundo,
vamos abordar coisas práticas, como por exemplo:
As
despesas com hospedagem dos que pretendem passar uma
temporada de vários meses no Koregaon Park que é o bairro
que cresceu ao redor da comuna de Osho em Puna, gira em
torno de 50 a 150 dólares mensais o quarto mobiliado com ou
sem banheiro.
Alimentação
fica em torno de 100 dólares por mês. (Se você conseguir
um quarto num apartamento com cozinha, adquirir os
ingredientes e preparar suas refeições, esse valor pode
cair pela metade).
Mas
o que mais pesa no bolso dos brasileiros é o ingresso diário
(sticker) para entrar na comuna, hoje custa cerca de 8 dólares
(330 Rúpias indianas). Esse ingresso lhe dá direito a
participar de todas as meditações diárias que acontecem
no Osho Auditório desde as 6 h da manhã com a Meditação
Dinâmica até as 21 h com o final da cerimônia do encontro
noturno de meditação do Robe Branco. Depois disso, sempre
tem alguma festa dançante no resorte até a meia noite. O
ingresso também lhe proporciona acesso gratuito à área da
piscina e à prática de vários esportes como tênis,
basquete, volley ball e outros. Também sessões diárias de
Yoga, Tai Chi / Chi Kung e de danças pela manhã e a tarde
na área do antigo Buddha Hall.
Trabalho
como Meditação
Contudo,
se você estiver disposto a trabalhar seis horas por dia no
resorte, você não vai receber salário, nem alimentação,
pois o trabalho na comuna é voluntário e, é tido não
como trabalho, mas como parte da meditação (work as
meditation).
Você
como um trabalhador (worker) tem a sua entrada diária na
comuna franqueada e outras vantagens como: participar das
meditações diárias no samadhi, participar de grupos de
terapias como helper (ajudante) ou como translator
(tradutor) sem ter que pagar nada.
Para
ser aceito como worker você não precisa de experiência
anterior ou de qualquer talento especial. Sempre existem
vagas para a portaria, serviços de jardinagem, de manutenção
e limpeza. Claro que se você tiver conhecimento de algo
específico como por exemplo, computadores, medicina,
eletricidade, etc... você poderá conseguir outros benefícios
mais.
Existe
também um programa residencial para os trabalhadores no
qual é fornecido um quarto completo por até seis meses na
área residencial dentro do
próprio resorte. Isso pode ser conseguido antes
mesmo da sua chegada aqui em Puna, preenchendo um formulário
no site osho.com na internet, solicitando sua admissão.
Agora
na baixa estação que vai de Abril a Agosto o número de
vagas no programa residencial é, obviamente, bem maior do
que na alta estação de Novembro a Março quando triplica o
número de visitantes.
Puna, 29 de Maio de 2005
Swami Prasado
swamiprasado@yahoo.com
Boletim
nº 16, de agosto de 2004:.
Dicas de Viagem para Puna/Índia
Ultimamente, os brasileiros que estão vindo para a Índia chegam aqui
com um visto de permanência de apenas 3 meses, emitido pelo consulado
da Índia com sede em São Paulo para os residentes no Sul/Sudeste do País.
Os que residem no resto do país podem conseguir visto de até seis
meses na Embaixada da Índia em Brasília.
Sugerimos àqueles que pretendem demorar mais de três meses na Índia
viajar para Bombaim via Bangkok, (brasileiros não precisam de visto
antecipado para entrar na Tailândia, o visa é concedido gratuitamente
na chegada no aeroporto) e, em Bangkok, solicitar um visto na Embaixada
da Índia de seis meses ou mais. É claro que para isso, a pessoa terá
que passar uma semana (5 dias úteis) na Tailândia aguardando a liberação
do visa.
Os que quiserem dicas sobre custos, como proceder e endereços para
hospedagem em Bangkok, etc...podem solicitar informações pelo e-mail swamiprasado@yahoo.com
Proceder assim é bem melhor e mais econômico do que chegar aqui na Índia
com um visto de permanência de apenas três meses de validade e depois
ter que viajar de novo para renovar o visto em algum outro país da Ásia.
Mas isso é o que está acontecendo com quase todos os visitantes
procedentes do Sul/Sudeste do Brasil.
Dicas para os que desembarcam em Bombaim com destino a Puna:
As linhas de ônibus que operavam do aeroporto de Bombaim para Puna
foram desativadas. O passageiro agora tem que fretar um taxi (2800 rúpias)
ou esperar por mais três outros passageiros para dividir o taxi para
Puna. (700 rúpias cada).
1 Dólar vale hoje em torno de 45 rúpias indianas.
Alternativa mais econômica para a viagem de Bombaim para Puna:
O passageiro ao desembarcar em Bombaim pode procurar na saída do
aeroporto uma cabine
de taxi pré-pago, (pre-paid taxi) e deslocar-se de taxi até a Dadar
Station (200 rúpias), lá na estação Dadar você pode optar por ônibus(125
rúpias) ou trem (64 rúpias) direto para Puna a qualquer hora do dia ou
da noite.
Puna,
28 de Julho de 2004
Swami Prasado
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