Conexão Brasil                                                           outubro de 2005
 

 

Notícias de Puna


Mensalmente, o Osho Conexão Brasil apresenta aos seus leitores notícias diretamente de Puna, Índia. Esta coluna é de responsabilidade do Sw. Prasado, brasileiro, há alguns anos residente em Puna, na Osho Commune International, onde cuida da tradução para o português do site oficial do Osho:   www.osho.com .

 


Sw. Prasado

. 

Olá amigos,

          Tempo bom em Puna nesse final de setembro, depois de quase três meses de chuvas intermitentes.
          Começam os preparativos para a festa de reabertura do Osho Plaza no próximo mês de Outubro. O salão reformado passou a ter o dobro do tamanho anterior. A programação da festa inclui um carnaval brasileiro. O departamento de eventos do resorte está tentando conseguir um DVD da folia baiana e carioca para exibir no telão do salão do Plaza. 

          Depois de cinco anos vivendo e trabalhando no resorte de Osho em Puna, tenho agora  alguma experiência pessoal, com base na observação, amizade e relacionamentos, suficiente para fazer um perfil dos visitantes do resorte que procedem de mais de cem países do mundo inteiro. Desnecessário dizer que é tudo somente uma abordagem não-séria de minha parte. De qualquer modo é assim que vejo as coisas.
         
Aqui estão algumas curiosidades com relação ao comportamento dos visitantes no que se refere a relacionamentos, hábitos e condicionamentos começando aqui, pelo lado do Oriente

         As mulheres indianas, aqui no resorte, raramente se relacionam com Ocidentais devido ao peso dos condicionamentos da milenar cultura indiana. A antiga regra do parceiro escolhido pela família visando o casamento ainda prevalece na Índia. Contudo a juventude feminina das grandes cidades da Índia de hoje estão usando jeans e mini-saias e praticando o sexo fora do casamento como nos outros países.
         Osho afirmou que a mulher indiana não tem a menor idéia do que seja um orgasmo sexual.
         A maioria dos homens jovens indianos que freqüentam o resorte têm o objetivo específico de relacionar-se com mulheres ocidentais, vendo nisso uma oportunidade de deixar a Índia em busca de uma vida melhor no Ocidente ou em algum outro país mais rico da Ásia como Coréia do Sul e Japão.
         Vale dizer que os indianos, tanto homens como mulheres, são os mais conectados com a prática da meditação aqui em Puna.  

         Não encontrei até hoje nenhum chinês procedente da China comunista visitando o resorte. Todos os visitantes chineses procedem de Taiwan. Os poucos visitantes chineses que não são de Taiwan residem no Ocidente ou em Hong Kong.

         Das orientais, as coreanas são as mais bonitas e vistosas, relacionam-se com quem gostam, sem preconceitos. Também as taiwanesas são bem afetuosas, porém inexperientes porque em Taiwan não é comum o namoro fora do casamento como ocorre no Ocidente.

         As japonesas aparentam ser sérias e fechadas para o relacionamento. Primam pela eficiência no que quer que façam. A fidelidade para as mulheres orientais ainda é uma regra seguida à risca aqui no resorte contrariando a orientação de Osho que dizia que a liberdade do indivíduo tem prioridade absoluta.

         Outra curiosidade é a ausência quase total dos árabes mulçumanos no resorte de meditação de Osho. Os condicionamentos da religião islâmica exige fidelidade ilimitada dos mulçumanos. Ouvi dizer que outro dia um jovem do Kuwait esteve visitando o lugar por alguns dias. Algo raro.

         Os únicos países mulçumanos com saniasins de Osho ativos são a Turquia, o Irã e a Malásia. São exceções. A Tailândia também, apesar de não ser mulçumana e sim budista, tem presença rara no resorte.

         Os israelenses homens são conquistadores e as mulheres de difícil abordagem. Contudo demonstram ser muito unidos entre eles até por uma questão de segurança.

          O número de visitantes da Rússia no resorte tem aumentado bastante com a melhora da situação econômica do país. Eles gostam de fazer amizade com ocidentais e também adoram a música e a dança brasileira.

          Agora, o lado ocidental:

          Dos europeus, podemos destacar os italianos que são abertos, amistosos e brincalhões.    Eles têm um comportamento bem latino. O maior e mais ativo centro do Osho na Europa fica em Miasto, na Itália.

          O número de visitantes procedentes da Espanha tem aumentado muito nos últimos anos.

          Os outros países da Europa, os visitantes parecem sérios e frios. Preocupam-se com a eficácia no funcionamento das coisas. Os melhores terapeutas da Multiversidade de Osho são da Alemanha.

          Do continente africano vemos visitantes somente da África do Sul. Provavelmente por razões financeiras. A raça negra não parece ter se conectado com a visão de Osho. Muito raro encontrar pessoas de cor negra no resorte, à exceção de alguns norte-americanos.

          Os norte-americanos (Estados Unidos, México e Canadá) são presença constante no resorte de Osho. Bom lembrar que os americanos perderam a oportunidade de ter o maior centro de crescimento espiritual do mundo se a comuna de Osho no Oregon tivesse subsistido à pressão do governo Reagan nos anos 80. Os visitantes desses países são os mais desinibidos para os relacionamentos, principalmente as americanas, mas poucos se conectam com a meditação.

          A América Central e Caribe também é presença rara aqui no resorte. Conheci apenas um Hondurenho e um Jamaicano alguns anos passados.

          Da América do Sul vemos a presença constante principalmente de colombianos, chilenos e argentinos, mas sempre em número reduzido principalmente devido aos custos financeiros da viagem e estadia. A música latina (salsa e merengue) é muito executada e apreciada nos eventos do resorte.

          Finalmente o Brasil:

          Amistosos, alegres e brincalhões são os brasileiros que passam aqui pelo resorte. Nossa música e dança tem muito espaço por aqui. As festas brasileiras estão ficando famosas em Puna. As brasileiras são sempre maioria. Algumas residem na cidade há muitos anos desde quando Osho estava aqui no Ashram. Outros demoram de um a seis meses freqüentando o resorte, alguns como trabalhadores residentes, até os recursos se esgotarem. Os que ficam por mais tempo tornam-se negociantes, adquirindo e enviando mercadorias da Índia para o Brasil. 
         
Algumas brasileiras gostam do relacionamento com indianos e acabam casando-se com eles também para facilitar a obtenção de visto de permanência na Índia. 
         
Devo registrar que são raros os brasileiros que se dedicam a meditação diária, pelo menos enquanto estão aqui no resorte.

 

                                                                         Puna, 29 de Setembro de 2005

                                                                                   Swami Prasado

 

                                                                            swamiprasado@yahoo.com  

 

Instituto Osho Brasil - Caixa Postal 6157 - CEP 70749-970 - Brasília-DF
telefax: (61) 3468-1250 - E-mail: osho_brasil@uol.com.br - www.oshobrasil.com.br