Mensalmente temos publicado depoimentos de nossos leitores.
Inicialmente eram depoimentos de sannyasins sobre o sânias.
Depois, os depoimentos deixaram de ser exclusivos de sannyasins
e os assuntos passaram a ser mais gerais.
Este é o último mês
que estamos apresentando esses depoimentos no boletim. As
razões para essa suspensão seção estão relatadas no
preâmbulo da seção "Opiniões Pessoais", cuja
leitura
sugerimos.
Dois
depoimentos nos foram enviados neste mês, coincidentemente,
ambos vieram do Espírito Santo. O primeiro é o do Jak Jony
Faria Mota, de Guarapari-ES.
.
Sou psicólogo com especialização e mestrado em Ciência
da Religião/UFJF-MG. Vivi na racionalidade até ler o
Tao Te King. A partir daí fui procurar saber o
porquê de terem me escondido tantas coisas. Voltei-me
para os conhecimentos e sabedorias
"orientais' e tentei nos cursos de pós-graduação
arrumar as informações recebidas utilizando-me das
ferramentas das ciências sociais escrevendo duas
dissertações: "Aspectos Xamânicos na
gestat-Terapia: um estudo sobre o SER psicólogo"
e "Pentecostalismo: 'con-tradição' protestante
no Brasil".
Aí fechei minha participação 'acadêmica'. Fiz mais
esforço do que qualquer outra coisa. Nada de
espontaneidade... Porém encontrar com autores do tipo
de Mircea Eliade, Rudolf Otto, Fritjof Schuom,
Raimundo Panikar e outros do mesmo 'naipe' foi uma
aventura interessante.
O melhor mesmo foi ter caído na minha mão livros do
Osho - autor que, durante muito tempo foi considerado
por mim mais um 'cientista da religião'.
Porém, aos poucos Ele foi tomando a dianteira e
passou a ser lido todo os dias por mim e Heloisa ao
deitarmos e levantarmos. Ocasião em que capítulos
inteiros eram 'digeridos' com uma fome de quem, por muito tempo andou 'buscando' em
terras áridas mananciais que passaram a
ser presenteados para cada um de nós de forma
abundante e inesgotável por Este homem que hoje é
considerado nosso Mestre - mesmo sem sabermos se ao
afirmarmos isso, estamos correndo o risco de estarmos
caindo em grandes heresias.
Hoje, considero-me um Psicólogo Transpessoal. Na
verdade , costumo referir a mim mesmo com o título de
"porteiro". Quando encontro pessoas
que querem um pouco mais do que o abstrato e o estético
das sessões psicoterápicas; que querem mais do que
conhecerem de suas psicologias forjadas no calor de
suas 'culturas familiares' quando querem mais
do que colorirem suas existências com uma forma mais
criativa de viverem sem neuroses; quando querem,
realmente, trilharem o caminho profundo e do alto
- quando querem 'retornarem para Deus' ,
quando querem correrem o risco de serem elas
mesmas sempre em contato com a Realidade Única,
eu me coloco como um 'irmão um pouco mais
velho' que indica os caminhos por onde eu já
tenha passado e conto das minhas experiências
adquiridas naquele percurso. Isso tudo é claro, com a
roupagem das terapias e teorias , que acaba
me servido de 'trilhos' para essa tarefa impossível
de "nominar o inominável ".
Sempre digo que estamos sós e perdidos nessas terras
capixabas que tem oferecido muito poucas oportunidades
de estarmos com vocês, os nossos 'irmãos
maiores'. Tirando umas vivências com o Prashanto,
desde 1998, não foram muitas as nossas oportunidades
de convivências com sanniasins. Chegamos a frequentar
o Centro de Meditação em Vitória e participarmos de
uns encontros e Campos de Meditação organizados por
Nishok. Em Juiz de Fora conhecemos Shuba, Ketana e
Pankaj - com eles fizemos a AUM.
Dois vídeos que adquirimos no Osho Sukul/RJ , os
livros, as páginas de Internet e as Meditações
passaram a ser nossos 'objetos de poder'
nesse nosso processo de aprendermos a driblar
nossas mentes e chegarmos mais próximos do que
é, verdadeiramente, essencial em cada um de nós.
Agora com os VCDs e
as meditações em CDs, pretendemos - inicialmente nas quartas-feiras
e depois de terça à quinta às 18:00 hs -,
estarmos oferecendo no consultório no BIOCENTRUM ,
consultório de Psicologia Clínica e Terapia Corporal
- Praia do Morro - Av Mônaco, 91 - Edifício Iracema
Fonseca , Noites de Meditação:
com leituras de trechos de livros do
Osho e aprensentações dos VCDs. Não cobraremos por essa
atividade. Pediremos que cada um traga algo
para o "lanche compartilhado"
sevido após a meditação.
Espero continuar esse nosso "bate-papo" em
outras oportunidades!
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O
segundo depoimento que apresentamos é o da Alda Cristina/Ma
Anurag Abhi, de Iúna.
November 03, 2004 Boa noite Champak!
Estou agradecida pelo retorno tão rápido à minha
"consulta", e ainda pela oportunidade em reler
aquele texto sobre sannyas. Sei que não me pede isso, tão
pouco sinto-me na obrigação em fazê-lo, mas exatamente por
isso, sinto-me a vontade em lhe falar rapidamente sobre minhas
experiências com Osho.
Eu o "conheci" há uns 3 anos, e confesso
que não foi fácil aceitá-lo. Me sentia afrontada todas
as vezes que lia algum de seus textos. Imaginava assim:
"como pode, esse senhor que nem habita mais esse planeta,
que viveu do outro lado do mundo, falar essas coisas pra
mim?!" Até que uma frase de uma outra
"linha" me alertou: "o que me incomoda no
outro é meu". Então, talvez por orgulho em não querer
me ver assim de forma tão arrogante, comecei a revê-lo
sob um outro ponto de vista... E qual foi minha surpresa em
descobrir que Osho falava sobre as coisas que eu
precisava e queria saber, sentir, experimentar...
Já fiz workshops, vivências, renascimentos, meditações
(temas diferentes) e leituras sobre Osho, entre outros. Ele
também me ensinou sobre o zen, e que no estágio em que nos
encontramos existem poucas verdades totais e muitas verdades
parciais, e que devemos estar em seu encalço (das verdades)
estejam elas onde estiverem...
Sou do interior do Espírito Santo, de uma cidadezinha
chamada Iúna. Recebi uma criação quase tradicional, mas
Osho me ensina ainda que não importa muito o lugar onde
estou, não importa de onde eu vim, nem se tive muitas experiências
com o que está fora, mas antes de tudo, se estou plena,
centrada e em harmonia com o que está dentro...
Tenho consciência de que para continuar nesse caminho eu não
preciso de um sannyas, no entanto o meu interesse em tê-lo vem
necessariamente de não precisar disso. Por ser uma escolha
livre e desimpedida, onde coração e razão se encontram em
harmonia. O sannyas representa pra mim um carinho, um presente
de quem, mesmo sem me conhecer individualmente, me amou, me
ensinou e ainda me acompanha... Talvez pareça infantil, mas
vejo "o sannyas" como uma forma carinhosa com que
um pai ou padrinho se dirige ao seu filho ou afilhado,
acalentando, encorajando, brincando...
Muito obrigada, também pela oportunidade!
Aguardo o formulário
Abraços e sorrisos
Alda Cristina (por enquanto?!)
December 13, 2004 , Bom dia Champak!!!
Lhe devo desculpas por não ter mandado notícias antes.
Enviei por e-mail aquele formulário, com foto, e dentro de
uns cinco dias recebi meu "sannyas", que é Ma
Anurag Abhi, que pelo que entendi significa: amor, agora sem
medo.
Obrigada por tudo...
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